Ela é mais que a RG

Somente quando as coisas podem ser vistas por muitas pessoas, numa variedade de aspectos, sem

mudar de identidade, de sorte que os que estão à sua volta sabem que veem o mesmo na mais

completa diversidade, pode a realidade do mundo manifestar-se de maneira real e fidedigna.

Hannah Arendt

            O nome, o dos pais, data e local de nascimento, impressão digital do polegar e a foto são dados importantes, entre outros, constantes na Cédula de Identidade. Aliás, erroneamente chamada de RG, Ninguém tem RG, subentendido minha 'RG'. O Registro Geral, nome já o diz, registra todas pessoas, e cada uma tem um número próprio na Cédula (única) de identidade.

            A Identidade é Identidade de cada um como foto, retrata momento específico, sem perder a validade. Porém, nossa identidade não é restrita à Cédula. Individual ou social, tal identidade tem constante feitura e firmamento, espelham mudanças no curso da vida. 

            Cronológica e socialmente, temos ema nossa identidade o sobrenome como mais importante que o nome, uma vez que iniciamos a vida conhecidos em face de nossos pais. Somos o filho da dona Maria, do seu José. Na escola ainda a referência é a família, mas acrescida de um novo grupo social a sala e os demais integrantes do colégio. 

            A identidade de cada um existe e é visível conforme os grupos que integramos. Além dos familiares, da escola, é comum o esportivo, religioso, cultural, geográfico, econômico. Identidade inclui etnia, cor da pele, modos de falar, vestir, gostos. Possuímos identidades, as que são substanciais na vida toda e as que farão parte por um bom tempo, transitórias e as efêmeras.

            Identidade é nome e renome, o como pessoas são conhecidas e reconhecidas. Nome  conhecido não pressupõe renome e reconhecido, no sentido dos fatos, que poderão não corresponder ao conteúdo, não passam de imagem. Um profissional pode ter uma fama irreal. Ou uma pessoa com marca negativa acentuada, embora tenha deixado de existir, como o alcoólatra que não bebe mais. Faz lembrar o grande cantor e compositor Ataulfo Alves, (Na cadência do Samba): O meu nome não se/ vai jogar na lama/ Diz o dito popular/ Morre o homem, fica a fama/.                   

Fases de Fazer Frases (I)

            Experiência, lição capaz de solução.

Fases de Fazer Frases (II)

            Antes flores sem vaso. Antes vazo sem flores.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            Um feito histórico, 45 anos como colunista e no mesmo jornal! Um dos mais longevos, inspiração e exemplo para este modesto escrevinhador que acaba de chegar aos 29 anos de Tribuna. Quem tinha 45 anos de coluna? Basta ler Reminiscências em Preto e Branco (I).

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            Nossos clientes confiam em nossos serviços de olhos fechados. Inclusive para dormir sem medo do escuro, lindas palavras ilustradas com foto de uma menina dormindo, na propaganda que informa, a Copel foi escolhida a melhor distribuidora do Brasil. Parabéns!

Caixa Pós-Tal

            A presidente da Academia Mourãoense de Letras – AML, Ester Abreu Piacentini cumprimentou os 29 anos desta Coluna, marca importante do colunismo. Do catarinense de Caçador, Geovane Gabriel: gosto quando escreve sobre política, contundente. Obrigado!

Reminiscências em Preto e Branco (I)

            São 45 anos anos de uma Coluna escrita no mesmo Jornal, o Zero Hora. Ela chega ao fim  com a morte do titular Paulo Sant'Ana, 78 anos. Cronista esportivo dos melhores textos do jornal brasileiro, torcedor do Grêmio, o que não me impediu de lê-lo e respeitar, mesmo sendo eu torcedor do Internacional. Para homenageá-lo transcrevo como meu time registrou perda: “Figura marcante da crônica gaúcha, sempre demonstrou respeito ao Clube do Povo, alimentando uma rivalidade saudável no futebol do Rio Grande do Sul. Seus textos e comentários perspicazes, a sua personalidade forte e o humor inteligente farão falta na imprensa. O Internacional se solidariza com a família e os admiradores de Paulo Sant'Ana.”

Reminiscências em Preto e Branco (II)

            Novamente destaco, certo que não será a última vez. Ser paranaense é admirar nossa linda árvore nativa, a araucária. Neste frio, a elevar o ser do Paraná, é comer o saboroso pinhão. Usar a grimpa no fogo para assá-lo.             Grimpa são os galhos secos que caem do pinheiral.  Queimada, ela produz som dos estralinhos, aconchegos que aproximam pessoas e nos faz ainda mais paranaense.