Eleitor, a vontade é sua
“A verdade de outra pessoa não está no que ela te revela, mas naquilo que não pode revelar-se. Portanto, se quiseres compreendê-la, não escute o que ela diz, mas antes o que não diz”.
Khalil Gibran
Despertam o maior interesse e as que são mais envolventes, por ser o poder local, as eleições municipais mobilizam intensamente candidatos e significativa parcela dos eleitores, a começar pela proximidade geográfica, quase íntima, como no caso dos pequenos lugares.
Quais são os critérios e motivações que determinam o eleitor a votar?
Única resposta não existe. Talvez muitas. Cabe ao eleitor responder.
O sentido de poder local é o da proximidade, visibilidade que vai – ao menos pode e deveria – ir além dos espaços geográficos e das representações arquitetônicas – para ser efetivamente o olhar participativo do povo no exercício da cidadania.
Existiria algum eleitor que sequer ouviu falar dos nomes dos candidatos? Mesmo que possa ser contra a vontade do hipotético eleitor, todas as informações circulam, propaganda não falta, rádio e tevê, assim como a que é entregue na mão do eleitor e deixada nas casas.
Mais do que saber, conhecer e até mesmo ter estado no prédio da prefeitura, da câmara, o poder local tem uma abrangência maior que não se circunscreve a espaços físicos, assim como as demais edificações e a prestação dos serviços colocados a disposição dos munícipes.
A participação política, e mesmo aquela que parece não ser direta, mas o cotidiano da vida municipal, cada eleitor singular ou coletivamente, não só pode como deve saber avaliar como é administrado do município, o que ele já tem e o que ele precisa. A realidade é palpável e a visão correta é a percepção a partir do como funcionam as escolas, as creches, as unidades de saúde, a coleta de lixo, o transporte público e toda a prestação de serviços.
O voto, mesmo sendo a vontade do próprio eleitor, cabe a ele colocar, sempre em primeiro lugar, o interesse que seja efetivamente público, legítimo em termos de município.
Fases de Fazer Frases (I)
A consciência do voto é consequência da consciência política.
Fases de Fazer Frases (II)
Se o eleitor não tiver vontade, não tem soberania.
Fases de Fazer Frases (III)
Candidato deve pedir o voto, se não pela humildade, seja pela necessidade.
Fases de Fazer Frases (III)
Acomodação: modo sem ação.
Fases de Fazer Frases (IV)
Supressão: não suprir por pressão.
Fases de Fazer Frases (V)
É imensidão pessoas que amam e se dão.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Não considerando a falta de paciência e mesmo casos de cólera do eleitor, a propaganda deixada nas caixas postais funciona como “termômetro” quanto a organização da campanha, condições financeiras dos candidatos.
Digo isso por causa de ter recebido, por mais de duas vezes, propaganda de uns mesmos candidatos, sendo que a maioria absoluta não chegou um santinho sequer.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Boca Santa nesse período de eleições tem prestado serviço relevante de informações, as curiosidades nos nomes dos candidatos, listado por município, apelidos, profissão e atividades, objetos.
Antes, Boca Santa publicou dados referentes aos bens declarados pelos candidatos, desde os maiores valores até quem não têm praticamente nada de patrimônio. E é tanta informação muito boa que serve como consulta, além da necessidade de reler, dada a quantidade de dados.
Farpas e Ferpas (I)
Candidato que dizer ter solução para tudo, depois acha problema para tudo.
Farpas e Ferpas (II)
Não perca tempo com quem não o tem.
Sinal Amarelo
Não esqueça de votar. Não esqueça em quem votou.
Trecho e Trecho
“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar”. [Leonardo da Vinci].
“A saudade é que faz as coisas pararem no tempo”. [Mario Quintana].
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Em política existe uma expressão muito conhecida, que ganha maior relevo nesse período de eleições, ostracismo. Modernamente se refere a isolamento, exclusão, banimento e exílio. Voluntariamente ou pelo resultado das urnas, políticos são condenados ao ostracismo quando perdem o poder ou a chance para a ele retornar.
A origem de ostracismo é na Grécia Antiga, no século V a C. Quando eram banidas pessoas da vida social e política posteriormente a votação secreta, sendo que a punição era de dez anos. Eram utilizados pedaços de cerâmicas para a votação, objeto chamado de ostracon.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
Eleitor deve ter memória sobre o voto. Só culpar o político por não tê-la?
Reminiscências em Preto e Branco (III)
Não deixe que o passado te faça descrer do futuro.
José Eugênio Maciel | [email protected]
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