Em família, comer tem mais sabor
“Olhar a mesa posta,
A disposição dos talheres,
O velho bule de café
Com cheirinho de roça
(…)
geleia fresca,
Sabores, uva e morango
Frutas colhidas na horta,
(….)
Sem falar no pão,
Gente, o pão integral caseiro
(….)
Mariana, a cozinheira,
Capricha em cada detalhe,
O açucareiro,
As xícaras, os copos,
(….)
Tudo perfeito
Em grande sintonia
Pra trazer a alegria,
Alegria da família
No café da manhã.
Que bonito que é,
O mais gostoso
E puro café
O café da roça
Na roça do tio Zé”.
Café na roça – Zilda Gurrero
“A mesa é lugar sagrado”, palavras pronunciadas pela minha saudosa mãe Elza. Ela dizia com ênfase, “a refeição deve contar com toda a família reunida, em harmonia”.
Éramos 12 irmãos, mesa grande. Ninguém se atrevia a comentar temas desagradáveis durante almoço, jantar, café. E se tínhamos pressa em nos servir, logo ela advertia, “olha o alvoroço!. Era também proibido pegar o prato e ir para a sala ver televisão.
Famílias crescem, filhos se casam ou vão embora para estudar, enfim, reunir a família, conforme o tamanho, vai ficando difícil. Na nossa foi assim, mas não só a minha mãe, meu saudoso pai Eloy também, eles procuravam sempre reunir a todos.
A satisfação deles, no semblante, nas palavras, nos brindes de celebração, bastava estarmos reunidos já era motivo, sempre maior. São lembranças vívidas, efusivas recordações.
O Natal e o Ano-Novo são datas emblemáticas, propiciadoras do fraternal desejo afetuoso dos pais em reunir os filhos, netos e os demais membros da família.
Quando não se trata propriamente de família e mesmo de amigos, ser convidado a estar à mesa, devemos demonstrar o que sentimos, a honra, o compromisso e satisfação de sermos espontaneamente dignos do convite.
Quando faço refeições sozinho em casa, descortinam as imagens da enorme mesa da casa dos meus queridos pais, sobretudo a lembrança deles a nos receber.
À mesa jamais nada faltava, mas não me refiro aos alimentos, e sim a espiritualidade, ambiente familiar, seguro, acolhedor, exemplar, numa casa que jamais saiu de mim, está sempre exteriorizada.
E é gratidão.
Fases de Fazer Frases (I)
Vida é baile, é preciso sabê-la, como bailarinos.
Fases de Fazer Frases (II)
Verdades não podem ser contidas. Devem ser contadas.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Entre outros fatores, a pressa também é causa preponderante para os acidentes de trânsito em Campo Mourão.
Sem referência a idade, uma grande parcela dos condutores parece não assimilar ainda o fato que a cidade tem um crescente número de veículos, cujo volume de tráfego não permite mais realizar os mesmos percursos nos mesmos tempos de algumas décadas. É preciso mais paciência, cautelosamente.
Farpas e Ferpas (I)
Garrafas guardam os melhores vinhos, não a espera de ocasiões para bebê-los.
Farpas e Ferpas (II)
O pior engano é negar-se a reconhecê-lo.
Farpas e Ferpas (III)
Todos os cães ladram, mas por vezes só um sabe o motivo.
Trechos e trechos
“Eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar, e de você e de mim”. [Nando Reis].
“- De que filho a senhora gosta mais?
– Do pequeno, até que cresça; do ausente; até que volte; do doente, até que sare”. [Provérbio árabe].
Sinal Amarelo
A sociedade quer um dia ser civilizada? Ou se recusa?
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Quem sempre acelera o tempo pode ser atropelado por ele.