Iris, exemplo de vida, devoção em oratório, crença para com os seus
“ Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,
estes três; porém o maior destes é o amor“.
Paulo de Tarso 13-13
A partir do coração, familiares, amigos, pioneiros, gerações de mourãoenses, viram o refulgir cristalino no imaginário brilho após a chuva, despedida. Cores reluziam no orvalho deste.
Na mitologia grega o nome Iris é a deusa protetora que se doava pelo bem das pessoas. É vida perene, plena e feliz depois da terrena. Arco-íris, Ires, a mensageira dos deuses, que ligavam-se com o deus do Olimpo com a terra.
Bastaria, quem sabe, encerrar o texto apenas informando o nome dela, Iris e a homenagem estaria realizada. Pois aqueles que conheceram Iris Lorenzoni Tagliari compreenderão alusão singular à senhora, mulher, avó, biza, com modos de ser próprios, estar presente mesmo quando ausente fisicamente, serena. A perene marca estará no legado que sempre foi transmitido em vida a todos os familiares e amigos.
Quanto mais a vida é intensa, mais ela terá sido breve. O significado literal do que é breve é o que dura pouco.
Na religiosidade quanto maior tenha se dado a vida, extensão do viver, quando se finda os anos temporais abundantes, surge uma falta como abismo. A luz agora segue, chama acesa, legado insofismável.
No Blogue do Ilivaldo Duarte, dia 17 passado, o jornalista republicou a homenagem a senhora Iris, ao transcrever o que ela declarou:
Sou uma pessoa determinante de pulso firme, mas de coração enorme. E tudo vale a pena com a confiança em Deus.
Outro depoimento, para esta Coluna, dado pelo grande desportista Jair Grasso: A senhora Iris Tagliari partiu para o céu, deixou um farto exemplo de virtude e integridade! Mulher exemplar, querida e acolhedora. Sempre me recordo dela na Catedral São José, como ministra da eucaristia, sempre servindo a Deus com muito carinho e dedicação. A todos acolhia com carinho e amor! Construiu uma linda família, que certamente continuará seguindo os passos. Deixará muita saudade.
Entre o manancial de inspiradores exemplos edificantes, está o de unir todos os filhos para a formação de um único time. A Associação Tagliari então de Futebol de Salão (hoje futsal),conquistou títulos como os dos Jogos Abertos do Paraná. A nossa cidade passou a ser referência no Paraná como equipe de grandes conquistas. Décadas depois e hoje a história deste esporte não pode ser contada sem eles. Construíram tanto e inclusive materialmente a quadra de esporte, palco de espetáculos, sempre repleta de torcedores, fato que vivi como menino, eles que são meus ídolos até hoje.
Wanderlei Antônio, Carlos Álvaro, Itamar Agostinho, Sônia Marisa e Luiz Carlos, filhos diletos, dois deles em memória, Wanderlei e Luiz Carlos. Todos eles espelham a mesma educação, fala serena, empatia, humildade, caráter, unidos e reunidos numa familiar comunhão.
Iris e saudoso Itacyr Tagliari compuseram uma linda união, sempre pude dizer para os filhos dela, meus fraternos amigos, o orgulho associado ao de Campo Mourão. Brilho de um casal evidentemente marcante, agora alcançar a posteridade.
Fases de Fazer Frases (I)
A luz própria de cada um tem sentido quando iluminada com a dos demais.
Fases de Fazer Frases (II)
Nunca basta vermos só com nossos olhos. Com os demais enxergamos.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Tantos e tantos a acompanhar como está ou ficará o tempo. Mais pré visão.
Farpas e Ferpas (I)
“Nem mais nem menos”, é o meio termo que por inteiro não vale nada.
Farpas e Ferpas (II)
“Nem tanto ao mar nem tanto a terra”, é o tanto faz com o nada faz.
Sinal Amarelo (I)
Não perca a cabeça, poderá não achá-la. Ela estará
Trecho e Trecho
” Aprende a viver como deves, e saberás morrer bem”.[Confúcio].
“Vocês orem assim:
‘Pai nosso que estás nos céus! Santificado seja o teu nome’“. [Mateus 6:9]
Reminiscências em Preto e Branco – Beto Durski, a acústica à vida
“A noite acendeu as estrelas porque tinha medo da própria escuridão”. [Mário Quintana].
Não importa a vida em si, mas o valor proporcionado aos semelhantes. Filho de família tradicional, desde a época que a cidade tinha pequenos contornos, nos quais já existiam ares urbanos evidenciando que poderia crescer. Todos eram chamados pelos nomes. Os saudosos Odete Dalarosa Durski e João Durski, popular Janguito integravam nossa coletividade. Eles tinham uma loja moderna e central no Campo Mourão, A Musical, atendiam os fregues como famílias. Vieram os filhos Maria Isabel (Bel), Maria José (Zuma), João Marcos (Juma) e Luiz Alberto (Beto). Assim como os pais, enraizaram nesta rica terra, espalham sementes, frutos, Campo Mourão ponto de encontro com o passado e com o agora.
Porém, a reunião em família não mais terá a presença alegre e peculiar empatia. Luiz Alberto Durski Silva, o Beto, despediu-se da vida, dia 24, 66 anos, após combater um câncer sem esmorecer no ânimo, ainda que antevia o findar.
Beto, que laborava como recuperador de caixas de som, brindou e bebeu goles da vida, na juventude ele lembrava o famoso filme Juventude Transviada [1965], o protagonista era James Dean no papel de Jim Sark. Com o tempo o Beto, de algum modo transviado, amainando o coração tornando-se maduro. Deixou filhos Maiara, Marcela e Luiz, duas netas, Lis e Ísis e a companheira Lumena Coutinho Portes.