Lula não é igual ele
A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualdade aos desiguais, na medida
em que se desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural,
é que se acha a verdadeira lei da igualdade.. Tratar com desigualdade a iguais, ou a
desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade real.
Rui Barbosa.
A movimentação política tendo o cenário a Justiça é tão intensa, surpreendentemente pode ser a troca de posições, mas que na essência poderá permanecer inalterada. Foi preciso o voto (minerva) da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia para desempatar (6 a 5) negado habeas corpus a Lula. A pior forma de desigualdade é tentar fazer duas coisas diferentes iguais, a afirmação de Aristóteles sintetiza a deliberação do Supremo na quarta-feira passada. Não era exame de habeas corpus comum, uma vez que o corpo é de um ex-presidente da República, formalmente um cidadão comum, mas que de comum não tem nada.
A prisão de Lula não será um ponto final na biografia dele, como não será o fim da corrupção e não cessará a lentidão da justiça. Porém, tem inegável importância, espera-se, mais que simbólica.
Independentemente da compreensão e dinâmica dos fatos, em nós brasileiros é visível, não estamos indiferentes. Não existe hegemonia das ideias, visão política, concepção de justiça e nossa capacidade ou não de cruzar os braços, escolher, fazer história.
O que predomina é o emocional no debate, discussão, posicionamentos que carecem de lucidez, de um lado, de outro, de todos os possíveis lados. Não se trata de desmerecer a emoção,é imprescindível acrescentar a razão.
A situação lembra uma antiga historinha de uma mãe tão orgulhosa do filho soldado que, no desfile, diz, meu filho é o único que marcha certinho, enquanto todos os outros marcham passos errados.
Fases de Fazer Frases
O Supremo é para suprimir?
O Supremo é para suprir?
O que é mais supremo no Supremo?
Se o Supremo tiver que suprimir, não seja ele suprimido.
Seja o Supremo premido para ser e guardar a Constituição.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Aplausos. Jogo na Liga dos Campeões, Juventus e Real Madri. O gol de Cristiano Ronaldo é beleza ímpar, só vendo as imagens. Descrever? Impossível. Só comparar, um balé, giro do corpo, ele flutuou como a bola, ao encontro dela, na precisão do tempo, do chute, direção, e o goleiro experiente Buffon não conseguiu evitar o gol. O goleiro preferiria usar as mãos para aplaudir, ao comparar genialidade do jogador português a Pelé ou Maradona.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
O assunto da nota acima leva a outros dois fatos recentes. Ao aplaudir Ronaldo a torcida italiana demonstrou cultura. No Brasil o primeiro jogo da final do campeonato paulista ocorreu do campo corintiano, Palmeiras 1X0, foi torcida única. Em nome da segurança necessária, uma vergonha para os brasileiros: incapacidade de respeito mínimo.
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
No Rio Grande do Sul, a torcida mista nos Grenais, Grêmio e Internacional, tem torcedores abraçados com camisa dos respectivos times. Ainda que o futebol lá não seja só de bom exemplo.
Caixa Pós-tal
Tomara pudessem os bons escritores, como este, serem 'imorríveis’'…. pois já o são. Parabéns José Eugênio, escreveu o despachante mourãoense Edison Simm. Nery José Thomé, na semana anterior enviou a seu grande círculo de amigos, textos de Olhos, Vistos do Cotidiano, que considerou oportuno. A Coluna se referiu a uma pessoa que criticava políticos, mas a calçada dele há tempos com cimento se soltando nem árvore tinha, realmente dá o que pensar, frisou Nery.
Reminiscências em Preto e Branco
Aguardamos o futuro. Guardamos o passado. Resguardamos o presente?
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Por José Eugênio Maciel | [email protected]