“O dia do advogado” José Dirceu
Existem dois tipos de advogados: os que defendem os presos, e os que deveriam estar presos.
Ediel Lima
José Dirceu não poderá exercer a advocacia. O registro dele foi cassado pela Seccional paulista, último 24 de agosto, mês que se comemora o Dia (11) do Advogado, 76 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções. O pedido que originou a cassação foi apresentado por um advogado (nome não revelado) motivado pela condenação de Dirceu na Ação Penal 470, o mensalão.
A cassação aprovada diz respeito a processo anterior, transitado e julgado. Ele poderá obter efeito suspensivo se recorrer ao Conselho Federal da OAB.
Ainda que possa pesar mais a associação do nome de José Dirceu como político cassado o mandato de deputado federal petista, não deixa de ser incômodo para os advogados dadas às ilicitudes do então todo poderoso dirigente partidário, chefe da Casa Civil no governo Lula, braço direito do então presidente.
Fases de Fazer Frases
Se uma palavra diz tudo, nenhuma palavra não diz nada?
Olhos, Vistos do Cotidiano
Só agora, em fim de mandato, vereadores querem reduzir ou acabar com subsídios (salários) nas suas respectivas câmaras? Alta, cara e sem vergonha é a demagogia,
Reminiscências em Preto e Branco
A sequência de três Artigos publicados neste espaço sobre os 60 anos do Colégio Estadual Campo Mourão, repercutiu tanto que foram muitas as manifestações aqui registradas. E chegou outro importante depoimento de um ex-aluno que lá estudou em 1973, e o tamanho vínculo dele com o Colégio e com o saudoso professor Martelo, ambos morando em Curitiba mantiveram a amizade. Abaixo reproduzo integralmente o depoimento do Geraldo Cheratiuk, advogado há anos morando em Curitiba, jamais deixou de manter os vínculos familiares e com amigos mourãoenses:
Meu caro amigo José Eugênio Maciel. Ao ler suas matérias sobre o aniversário do Colégio Estadual, envio algumas reminiscências. Uma escola de ensino público de excelente qualidade, que me fez gostar até de lógica e matemática, graças a um excelente professor enxadrista de mão-cheia. E que nos faz relembrar das gostosas aulas de Artes Manuais, especialmente do dia da prova, quando levávamos nossos inventos, de bolos, bebidas e guloseimas. E da prova paralela onde alguns colegas cientistas (rssss) mostram seus inventos, a exemplo da pólvora. Dos nossos acampamentos na usina, onde um dos mestres fazia um excelente café tropeiro, naqueles panelões. Das nossas aulas de esporte, às vezes no estádio municipal, adentrando pelo túnel, com aquele gol imenso para os nossos padrões de adolescentes. E daquelas aulas inesquecíveis de oratória, do nosso querido Martelinho, com quem continuei convivendo aqui em Curitiba, até seu falecimento, quando tínhamos que declamar um poema de no mínimo cinco estrofes, decorado, toda a semana, sem poder repetir no ano, o que nos deu gosto pela leitura da poesia, afora os gibis, dos quais éramos trocadores nas tardes de domingo em frente ao cinema.
Destas aulas, lembro-me de um aluno, que declamava poemas de mais de 20 estrofes, e nos deixava boquiabertos, que gostaria de relembrar o nome; o sofrimento de um colega, declamando e olhando para o chão, dando corda no relógio (sei o nome mas não falo rsss) e de outro amigo (sei o nome, mas não falo rsss), repetindo o mesmo poema de Casemiro de Abreu, DEUS, QUE ATÉ DECORAMOS DE TANTO OUVIR, E O Martelinho, no canto com a lista de chamada, anotando e dizendo para ele: Zero!
A vida nos privilegiou ao conviver com mestres maravilhosos, com alto nível intelectual, de sabedoria e de experiência de vida, aos quais devemos muito pelo que somos. E também aos amigos queridos como o Osvaldinho, o Stobbe, o Osini, o Calegari, o Albuquerque, o Samir, o Jorge, o Gonzaga, o Stefanuto, o Hélio, o Mércio e tantos outros que tivemos o privilégio de conviver, nos tempos em que os campos e os rios não tinham cerca. Sou daqueles que como Woody Allen, em seu filme Zelig e como os sociólogos Nicholas Christakis e James Fowler que estão revolucionando a sociologia com o estudo das redes sociais, que mostram que nossa personalidade vai se moldando com as convivências. Em tempo: Quando do guardamento do Martelinho, me encontrei com o Dr. Milton Luiz Pereira, com quem tive uma longa conversa, de lembranças familiares, e ao sair dali andando pelas ruas próximas do Cemitério da Água Verde, com a certeza de que a vida tinha me oportunizado viver em tempos de homens sábios e por isto afetivos e simples. Abraço. Geraldo Serathiuk, advogado e estudante do Colégio até 1973.