O dia dos cornos, abençoados
O homem é um ser tão dependente que até para ser corno precisa da ajuda da mulher
Príncipe Charles
O dia 25 de abril em Portugal não é histórico só por causa da Revolução dos Escravos que acabou com a ditadura do presidente fascista Antônio Salazar. A data abrange outra importante referência histórica portuguesa: Dia dos Cornos.
Principalmente nas ilhas lusitanas de Pico e Faial é realizada uma grande festa folclórica e religiosa, o Dia dos Cornos tem a celebração mais elevada na Freguesia de São Mateus, em Madalena. O dia de São Marcos reúne a população tendo como ponto de encontro a Igreja, moradores em procissão retornam ao templo, quando é levada uma coroa com um corno na ponta, que, após a bênção, são coroados os homens casados. (Solteiros são chamados de burros).
Devido ao cômico a envolver a paróquia, segundo a lenda rezada pelas mesmas comunidades, um padre resolveu terminantemente proibir qualquer conotação religiosa no evento. Mas a população não se incomodou e a festa prosseguiu profanamente. O folclore ganhou maior notoriedade quando o mesmo padre realizava a missa em alusão a São Marcos, e eis que adentrou na igreja uma rês que rapidamente se dirigiu ao altar e se ajoelhou em sinal de graça. O padre em cólera reprovou aquela situação. Mesmo sem o amém do pároco, a comunidade interpretou que a bênção foi dada diretamente do céu.
A festa consiste no homem ajoelhar-se para ser abençoado e receber a coroa, ela é levada por um escrivão ou um mordomo, a cada um dos que pretendentes à bênção. Evidentemente que assim como existem os que levam a sério a data, há os que participam como folclore, tendo ainda aqueles que não aceitam nada que possa lhe impor alusão a cornos ou que precisem da proteção. Eventos já foram alvos de insultos, manifestações contrárias, assim como serviram para expandir a festa, seriamente ou para se divertirem.
A celebração parece estar longe da extinção, sobretudo porque os portugueses apreciam todo tipo de confraternização, inerente à cultura deles. Colonizados pelos lusitanos e ao somar a cultura indígena e a africana, a miscigenação brasileira formou um latente ânimo da alegria em todos nós, a comemoração até para espantar os males. E, antes que possam aparecer os ofendidos, a menção final aqui não leva em conta o encontro dos cornos.
Fases de Fazer Frases (I)
Cercado de câmeras por todos os lados, ninguém está só.
Fases de Fazer Frases (II)
Na retina a rotina retilínea retira o retinto.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Notícias dos tribunais (1): A Justiça deu ganho de causa ao vereador Sidnei Jardim na ação movida pelo ex-prefeito Nelson Tureck (entre outros). Em vez de receber 15 mil reais, Tureck foi condenado a pagar 6 mil das custas. A reparação negada por não ter cabimento se relaciona à crítica do Sidnei sobre problemas de licitação. No Pequenas causas e também no Tribunal de Justiça, a sentença evidencia o direito do vereador expressar livremente sobre a administração pública. Se era para intimidá-lo, o efeito eleva o ânimo do Jardim.
Notícias dos tribunais (1): A secretária da cultura Sônia Singer se retratou na quarta passada na ACICAM – Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão. Sônia fez acordo judicial devido a crítica pública generalizada aos associados. No Jornal 100, da FM MUSICAL, entrevista no ano passado, o então presidente da entidade disse: Ela faltou com o respeito com 50 diretores da ACICAM e a gente espera uma retratação. Holofotes não devem inspirar falas sem pensar. Na retratação eles foram acesos?
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Fechado sim, abandonado nunca, título da nota publicada na última quinta no Boca Santa, sobre a situação das calçadas mourãoenses. Nem carece explicar, só transcrever o final do texto: Aliás, a calçada do Shopping fechado é bem melhor que muita calçada de empresa aberta por aí…
Reminiscências em Preto e Branco
Como os portugueses, brasileiros são piadistas e já que o tema principal é o Dia dos Cornos, entre tantos ditados, tem os seguintes: Marido de corno: nunca faça surpresa! e o capeta não pode ficar de fora: Se o diabo entendesse de mulher não usaria chifres.