Osmar Azuma, agora a calmaria
Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades
Epicuro
O barco agora desaparece no infinito do azul uno, cor do oceano e do céu. Não retornará ao cais onde nasceu e retornou tantas vezes e a permanecer tão pouco, parecendo, até, que jamais ancorou.
A última viagem não foi o regresso ao porto. Restou-lhe permanecer nas águas do alto-mar, outrora na planície, timoneiro vitorioso nesses 67 anos, enfrentou com tenacidade e perseverança o mar bravio, manteve-se no controle e superou tempestades, venceu revoltas águas, tal agitação foi bem aproveitada por ele como conteúdo de uma larga experiência,
Dia dez passado a embarcação submergiu por completo até a profundeza oceânica, para sempre ficar. Para sempre desaparecer. Para sempre ser lembrado.
Nascido em Assaí e antes de chegar a Campo Mourão Oscar Sumiu Azuma passou por Medianeira, para lá designado como funcionário do Banco do Brasil. Em 1990 ele veio para Campo Mourão iniciar as atividades gerenciais. Funcionário zeloso e dedicado, fez parte do Banco como uma conquista resultante dos estudos, do conhecimento que tanto primava. Ser gerente atesta o bom relacionamento com clientes e amigos.
O sentimento sem equívoco e inquebrantável concernente a ser uma pessoa de comunidade, além de líder, o levou a comandar a ACICAM – Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão, a SONIBRAM – Sociedade Nipo Brasileira Mourãoense e o Rotary. Ao se aposentar, aqui permaneceu, valendo o ditado para caracterizá-lo, descansava carregando pedra, pois se manteve atuante.
Particularmente dois momentos foram marcantes. Leitor da Coluna e sabedor que gosto muito de ler, certa vez, num sábado pela manhã, ele veio a minha casa para me presentear com um livro, o que também se deu em outra ocasião. Pedi-lhe que fizesse uma dedicatória, pois o livro teria o maior valor, ganho pela cortesia de um amigo.
Para a família sempre querida dele, dos amigos, o barco é recordação mantida à tona, a ensinar que a vida é navegação, Azuma proporcionou grandiosos exemplos inspiradores, foi ele verdadeira bússola.
Fases de Fazer Frases (I)
O que aprendermos cedo não tardará a experiência.
Fases de Fazer Frases (II)
O ouvirmos agora não precisaremos escutar depois.
Fases de Fazer Frases (III)
Conte com o dinheiro próprio e não conte com o alheio. Não conte para ninguém.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Mantenha a cidade limpa é um antigo chavão publicitário utilizado em muitas cidades Brasil a fora. Conclamava o cidadão a colaborar, não jogando lixo na rua, calçada, terrenos baldios,
A Seleta, empresa encarregada da coleta do lixo em Campo Mourão, poderá deixar de prestar o serviço, segundo notícia desta Tribuna, primeira página publicada quinta passada. Segundo Gustavo Suzano Pascom, gerente da empresa, a prefeitura deve 2,2 milhões de reais. Os trabalhadores temem o desemprego.
O risco de caos é iminente, se parar a coleta, em pouco tempo latões, sacos plásticos superlotarão de lixo acumulado, verdadeiro banquete para moscas e cães. Quem desejar colocar fogo no lixo, pode chamar o espaia brasa?. Haja fogo! Haja lixo!
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
O comércio varejista teve o pior resultado no Dia das Crianças em quase uma década. Desemprego, tarifas e juros altos, poder aquisitivo em baixa. É e não é brinquedo.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Antigamente eu dava um boi para não entrar em uma briga. Hoje eu brigo por um pedaço de bife, frase de para-choque de caminhão, sabedoria popular típica para o momento econômico.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
É possível afirmar que muitas pessoas jamais comerão frutos apanhados no pé, por elas mesmas. Elas, pessoas e frutas, não estão sempre à mão.