Qual será o momento

“É exatamente disso que a vida é feita: de momentos! Momentos os quais

temos que passar, sendo bons ou não, para o nosso próprio

aprendizado, por algum motivo. Nunca esquecendo

do mais importante: nada na vida é por acaso…”

Chico Xavier

Momento é instante. É o breve. Espaço curto tanto do tempo quanto de um fato.

Mas até que chegue esse dito momento, que logicamente será um instante, o que acontece, ou deveria ocorrer antes?

Existiu um tempo – que ainda não desapareceu por completo – em que as pessoas reservavam, por exemplo, uma garrafa de vinho para uma ocasião especial, ocasião esta que poderia ser concreta, previamente determinada, ou não. Como o nascimento de um filho, a formatura, a compra de um bem desejável.

Mas, com o envolver do tempo, a ideia de ocasião especial pode ser considerada qualquer ocasião, todo e qualquer momento pode servir para uma celebração, comemoração que não precisa ser de um exuberante momento. Ou seja, qualquer ocasião especial é especialmente a ocasião.

Quantas foram as ocasiões que transferimos para uma ocasião mais adequada? Como determinamos esta capacidade de estabelecer, ou de adiar essas ocasiões?

Será que tudo é apenas um momento em si mesmo?

Positivamente, ocasião é o encontro de circunstâncias propícias, criadas ou que espontaneamente aparecem na vida da gente.

A vida é uma ocasião. A vida é o espaço entre o nascimento e a morte.

A ocasião é o que vivenciamos como vontade própria ou alheia entre meio a cronologia que começa ao nascermos até o final de nossos dias.

Um texto, como o de hoje, o último do ano, é uma ocasião, o tema incontáveis vezes não foi determinado pelo escrevinhador aqui. Ocasião também que a escolha do assunto foi deliberado.

Ao eleitor, quanto a esta Coluna, cabe determinar a ocasião para ler, ou não, o que aqui está escrito.

Mas agradecer, esta sim é toda a ocasião. Agradecer sempre. Com todos os motivos. Ocasião que pode ser a primeira e única. Pode ser a de muitas. Gratidão é sempre ocasião, sem acaso e muito menos ocaso.

Fases de Fazer Frases (I)

Delicadeza é a leveza do ser.

Fases de Fazer Frases (II)

O melhor fazer é fazer-se.

Fases de Fazer Frases (III)

Nem todo brilho carece de lustre.

Fases de Fazer Frases (IV)

Quem impõe a si mesmo um castigo, poderá pedir perdão?

Fases de Fazer Frases (V)

Pior surpresa é o medo de não tê-la.

Fases de Fazer Frases (VI)

Tudo é interessante quando se dá a devida atenção.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

Manifesto a minha ignorância – que, aliás, não é possível escondê-la – quanto a propaganda do governo estadual sobre a Copel, alusiva aos 70 anos da empresa. Pagamos a conta da propaganda de uma empresa privatizada. Sem dúvida, seria, ou é, um belo presente para os donos, que não são mais os paranaenses.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Na última Coluna apontei o erro de uma notícia, que erroneamente escreveram “voar de avião”, mas não citei qual o órgão de comunicação que cometeu tal falha. Foi a Folha de São Paulo. Cabe lembrar novamente: o certo é voar de avião.

Farpas e Ferpas (I)

Um olhar torto deixa a alma vesga.

Farpas e Ferpas (II)

Se o tempo não te ensinar, não perca tempo.

Sinal Amarelo (I)

Após a reflexão pode vir a inflexão.

Sinal Amarelo (II)

Ninguém perde o que não tem, mas deixa de ganhar.

Trecho e Trecho

“Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida”. [Sêneca].

“A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda”. [Apparício Torelly – Barão de Itararé].

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Quem acumula dinheiro e sequer utiliza em proveito próprio e ainda a viver como sovina, cabe o ditado proveniente da sabedoria popular: “Caixão não tem gaveta”. A não ser que o avarento mande fazer um caixão assim.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Apenas aos mortos pertence a eternidade de terem vivido.

Reminiscências em Preto e Branco (III)

Um velho coador de café é ainda capaz de fazer café fresco.

Reminiscências em Preto e Branco (IV)

O tempo é estático… e mexe com a gente.

Reminiscências em Preto e Branco (V)

Lembranças do passado por vezes seguem à frente de nossas vidas.

José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal