Rua, mais que um nome na placa

A rua é o referencial da cidade. Seu nome não é aleatório, mas essencialmente motivado. Representa condutas, estilos de vida, sentimentos e detalhes de uma paisagem.

Simboliza épocas e traduz os valores ideológicos da população.

Rua – Maria V. do Amaral Dick

A imagem distribuída pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Mourão com texto sobre a inauguração recente do Conjunto Habitacional Fortunato Perdoncini, a foto evidencia o orgulho da advogada Márcia Maria Queiroz Linhares, ao lado do poste onde está escrito o nome da rua, o pai dela: Armando Queiroz.

Próprio Público sendo o que pertence à União, Estados e Municípios, nele está incluído a rua como espaço coletivo. A denominação de uma via ou outros espaços públicos como escolas, praças, unidades de saúde, deve ser criteriosa e espelhar a história dos moradores. Portanto, não pode ser negligenciada e não pode abranger uma velha expressão que é injusta quando generalizada: vereador só serve para dar nome de rua, é o ditado. É lógico que o vereador deve legislar, fiscalizar e julgar e até pode exercer o mandato sem propor qualquer projeto de nominação. Mas terá que ser zeloso quando for proposta na Câmara tal iniciativa.

A história não é só o passado. Tantas vezes esquecida, empoeirada e sem luz, a história é desconhecida também por serem muitos os que não lhe dão valor.

Cada morador deveria procurar conhecer sobre o nome da rua onde mora, história de Campo Mourão, do Paraná expressos na biografia ou em fatos.

Armando Queiroz de Morais foi deputado desta região por duas vezes. Integrou o Tribunal de Contas e atuou na Casa Civil no governo do Paraná Jaime Canet. Pioneiro deste lugar (1951), residia na capital onde faleceu em 2014 aos 95 anos. Embora resumido, cabe salientar, entre outras qualidades, foi o político mais influente à época.

Convém salientar, o sorriso da filha Márcia é gesto de humildade, a considerar que a via pública está localizada em um conjunto de moradias populares, de famílias simples. Sem nenhum demérito a eles todos, muito pelo contrário: nome, rua e lugar engrandecem mutuamente. Eis a lição, a pessoa para ser digna de ser homenageada não carece só merecer se for uma avenida grande. Fosse assim, a Capitão Índio Bandeira já teria mudado de nome incontáveis vezes e continuaria a mudar sempre. Com o apoio dos demais vereadores, fui o autor da lei que impede a mudança de nome.

Fases de Fazer Frases

A noite cai e eu não mais tropeço na falta de sono.

Olhos, Vistos do Cotidiano

Um senhor na rua me indaga as horas. O adiantado da hora nos espantou!

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Fazia e fora o próprio bem: Adeus Oscarina S. Carolo, saudade, 93 anos, dia 19. Esgotado o tempo de enviar o texto ao Jornal, tive que sintetizar (transcrito hoje) a referência a ela na Coluna anterior. Ao homenageá-la em 2010 (seis de maio), enalteci sua trajetória no Artigo Oscarina, a bem benzida. Na eternidade, a bênção.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

Na semana anterior da morte dele, nos cumprimentamos efusivamente no Banco Itaú. Os 84 anos não indicavam que nos deixaria. Recordamos o fato de ele ser um dos raros torcedores do Botafogo (então comumente citado pelo também botafoguense, o radialista aposentado Anísio Moraes). Além dos dois, o outro torcedor era meu saudoso pai Eloy, de quem herdei a amizade dele com seu Oswaldo. O pai e Wronski tinham outra orgulhosa afinidade, eram nascidos em Mallet, Paraná.

Escrevi sobre ele neste espaço e antecipo ao caro leitor a minha desculpa, por estar escrevendo de outro lugar, longe do meu arquivo, infelizmente não me lembro a data do Artigo. Porém, relembro da Farmácia América, ela e ele pioneiros mourãoenses, tradição em bem servir, o lema. Lembro a ocasião em que me contou sobre a escolha do nome da farmácia. O supersticioso pai dele falou ao filho que escolhesse um nome que iniciasse com a letra a. Wronski seguiu o conselho. A saudade dos filhos Oswaldo e Thaís é também dos amigos. Derradeiro adeus, 22 de fevereiro.