Sem querer falar de mais, disse o que não devia
“Tem quem fala muito e não diz nada.
Tem quem fale pouco e diz tudo.
E quem não abre a boca nunca,
resta a tentativa de adivinhar
o que o ‘silêncio’ teria
falado….ou dito”
Estive Nólocal (b.d.C)
Os chamados delegados calça curta eram pessoas que só podiam atuar em municípios que não tinham comarcas, situação que incluía Campina da Lagoa até 14 de outubro de 1988.
Campina da Lagoa, região de grande atividade agropastoril, é cidade acolhedora, e é uma espécia de sede microrregional, uma vez que, pelo menos, os moradores de duas cidades – Altamira do Paraná e Nova Cantu, sempre estão a realizar compras no comércio de lá e de atendimento hospitalar.
O que foi dito acima é para situar o caro leitor, mas necessário e que tem a ver com o causo a seguir, mas que não me recordo o ano (quase certo ser no início da década de noventa). E também não me lembro o nome da pessoa, e que provavelmente é melhor assim, pois não há nenhuma intenção de ofendê-lo em qualquer sentido e nível.
Eis finalmente os fatos. Aconteceu uma reunião na Câmara Municipal, com a participação da comunidade e de muitos vereadores. Aquele recinto foi cedido para a prestação de contas do então deputado estadual Rubens Bueno, oportunidade que os leitores manifestavam sobre tal trabalho, assim como faziam perguntas e também reivindicações.
Material entregue, o citado parlamentar presta contas do mandato dele, e em seguida quem desejasse falar, a manifestação era livre.
Foi então que o senhor, lembro bem o nome dele e um sotaque de imigrante – não posso falar muito, mas poderia descrevê-lo além disso. Entretanto, não posso cometer o mesmo erro dele, erro tal que me serviu como lição para muitos tipos e situações como essa.
Ele disse que a delegacia de sua responsabilidade sempre tinha problemas de crimes, “o que é natural, pois é uma delegacia”. E afirmou tem outra situação que, “chega a ser mais complicada”.
Público muito atento e educado, além da expectativa que ia sendo criada pelo delegado.
“Senhor deputado, o problema aqui é a tentativa de interferência política de certos políticos e pessoas que tentam evitar prisões ou até de ouvirmos pessoas, inclusive em um simples boletim de ocorrência. Ele não citou nomes, apenas informou a situação, em certos momentos o tom foi o desabafo.
Ele estava indo tão bem! Até que, ao enfatizar que não “entraria em detalhes”, sobre o delegado prossegue, “não falarei quem é, mas é um professor que não tem um braço, eu tive que trazer à delegacia para que ele prestasse esclarecimentos”.
O delegado calça curta nem bem ele concluiu o discurso, os presentes já cochicharam, formando um grande vozerio de conversas entrecortadas.
Fases de Fazer Frases (I)
Nem sempre a falta de assunto é uma conversa fiada.
Fases de Fazer Frases (II)
Não valorizar quem tem valor é se desvalorizar.
Olhos, Vistos do Cotidiano
“Detrans agora criticam placas que só divulgam nome do país. Detrans de vários estados brasileiros vão entrar na Justiça pedindo mudanças na ‘Placas Brasil’, criadas por causa do Mercosul, que em nada ajudariam os brasileiros e que apenas fabricantes dessas placas ganharam muito dinheiro. Opinião desta Coluna: essas placas Brasil, feias, pequenas e de mau gosto, acabaram com a divulgação dos nomes das cidades brasileiras. E custaram mais caras. Vejam o que ocorre nos Estados Unidos há anos: divulgam o nome do estado, além de cidade e seu bordão, e destacam a região”.
É o que está escrito na Coluna Social do Oswaldo Militão, dia 28 de fevereiro na sua tradicional e prestigiada Coluna no Jornal Folha de Londrina.
Embora não precise, este escrevinhador concorda e assina em baixo.
Farpas e Ferpas (I)
Difíceis não são as palavras.
É o sequer não tentar pensar sobre elas.
Farpas e Ferpas (II)
Não diga o que pensa antes de pensar no que dirá.
Farpas e Ferpas (III)
Aconselha-se não pedir conselho a quem não se aconselha.
Reminiscências em Preto e Branco
Existem pessoas que quanto mais concretizam sonhos, mais se tornam capazes para sonhar, são sempre inquietas e altivamente aproximam ao máximo o tempo e o espaço entre a aspiração sonhada e a efetiva realização. São determinadas, possuem a condição de não desistirem. Pessoas que sabem mobilizar os demais, inspirando a todos a darem a contribuição.
Muitos êxitos ela protagonizou. Jamais deixou de continuar a sonhar, de prosseguir a realizar. A inspiração que permanece está viva e vibrante pelos exemplos edificantes próprios de uma luz que não se apaga.
Eliane Cristina de Souza Vasselechen, tinha 43 anos, morreu na última quarta-feira, dia primeiro, vítima de câncer. Ela exercia o segundo mandato de vereadora, eleita pelo Partido Cidadania. A atuação dela predominantemente era na área social. Boa Esperança está enlutada. Muito conhecida e respeitada, a consternação dos moradores leva e eleva um sentimento de solidariedade a familiares, amigos dela. O prefeito Joel Celso Buscariol (MDB) decretou luto oficial no Município.
José Eugênio Maciel | [email protected]