Silvio Walter, hoje histórias que vêm de longe

(…) “São histórias pitorescas, contadas com seu característico senso de humor

refinado, que nos lembram da importância de valorizarmos o lado humano

da vida. Os personagens retratados em suas páginas continuam a fazer

parte do cotidiano mourãoense, enquanto outros são lembrados

com saudade e gratidão”.

Jair Elias dos Santos Júnior – historiador

Personagens contemporâneos do autor bem retratados, descritos com impecável e atraente narrativa. Ex-prefeitos então no exercício do cargo assessorados por ele como jornalista, fatos que testemunhou e não necessariamente em razão das respectivas funções públicas.

O livro Eu tenho história para contar é o que a obra intitula, histórias narradas é um singular registro do jornalista Silvio César Walter. Aliás, cabe salientar, o prazer em ser e conhecer a história vem de berço, tradição, a família Walter é o que se pode chamar de pioneira dos pioneiros. Silvio dedica o livro a saudosa mãe Silvanira e agradece aos irmãos. De fato tanto Silvanei quanto o Sid receberam tal legado, formando um trio apegado e fascinado por pessoas e a história delas.

Desde o começo e até a última página, ao ler o livro parecia que eu estava ouvindo o próprio Silvinho oralmente contar os acontecimentos, a época, com a apropriada ênfase.

Uma característica peculiar e que certamente ele aprimora com desvelo, é o de saber reunir fatos, relacioná-los a conjuntura do desbravamento até as décadas últimas. Para ser escritor não basta ter uma linda caneta, um ótimo computador. Para ser fotógrafo não basta uma excelente máquina; ou ainda para ser um qualificado cantor, um microfone. Em todas essas situações é preciso sensibilidade, talento, apuro na profissão, Silvio tem o faro do atento jornalista, que percebe quando está diante da história, fazendo anotações, apontamentos.

Apenas para uma noção quanto ao conteúdo do livro, tem vários automóveis com seus condutores e suas peripécias, portanto, não é só o fusca que mereceu a contação do autor. A paixão pelos mistérios entre o céu e a terra é outro enfoque que ele traz para o público de acontecimentos que teve contato direto ou quase assim.

A paixão pelo circo vem à tona as lembranças de criança e tão bem cultivada como adulto, por uma arte tão importante, o encontro com o famoso Orlando Orfei é marcante.

Silvio soube bem guardar tantas, boas histórias, para que elas viessem à tona, compartilhando-as. E esse hábito, afinal, demonstra ele, a história não é mesmo para ser e ficar “guardada” e sim se propagar no tempo como conhecimento.

Fases de Fazer Frases (I)

Sujeito sem verbo não tem predicado.

Fases de Fazer Frases (II)

Só verbo não faz sujeito com predicado.

Fases de Fazer Frases (III)

O predicado se sujeita ao verbo.

Fases de Fazer Frases (IV)

Só multiplica amigos que sabe dividi-los com os outros.

Olhos, Vistos do Cotidiano

O problema em Campo Mourão não é só a falta de calçadas ou o péssimo estado delas. É comum, mais do que se possa imaginar, mourãoenses que, tendo uma boa calçada, andam nas ruas, comprometendo a integridade física deles.

Ciclistas, que deveriam pedalar nas avenidas e ruas, costumam andar nas calçadas e não estão nem aí com os pedestres. Evidentemente que não são todos, mas já é tempo de coibir tamanha displicência.

Farpas e Ferpas (I)

Dúvida só não toma conta de quem não se dá conta.

Farpas e Ferpas (II)

Quem jamais insiste não desiste?

Farpas e Ferpas (III)

Chamar a atenção a qualquer custo pode sair caro.

Sinal Amarelo (I)

Só tem cautela quem não tem medo dela.

Sinal Amarelo (II)

O prudente quando sorri não mostra os dentes.

Sinal Amarelo (III)

Toda precaução é útil até quando não é preciso.

Trecho e Trecho

O fraco fica em dúvida antes de tomar a decisão; o forte, depois”. [Karl Kraus].

Um grande amor/ Não faz assim/ Você se esconde/ De você dentro de mim”. [Zezé Di Camargo & Luciano].

Reminiscências em Preto e Branco (I)

Jornalista, compositor e pesquisador da música brasileira, morreu domingo Sérgio Cabral, tinha 87 anos. Um dos fundadores do Jornal Pasquim, pesquisou e publicou a nossa cultura, o samba, a história de importantes intérpretes da MPB. Escreveu 18 livros, entre eles as biografias do Grande Otelo, Tom Jobim, Pixinguinha, Nara Leão, Ataulfo Alves e Eliseth Cardoso.

O imenso acervo tem mais de 60 mil itens, documentos, fotografias, partituras. Outro fato marcante eram as entrevistas, um contador de histórias, sempre bem-humorado chamando a atenção pelo conhecimento e pela simpatia.

Reminiscências em Preto e Branco (II)

O desatino é destino inconsciente.


José Eugênio Maciel | [email protected]

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