Tem que ser hoje? Tem que ser agora?

“Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado”.
“Não é o que possuímos, mas o que gozamos, que constitui nossa abundância”.
Provérbios árabes

A resposta ao primeiro título é reafirmar, tem que ser hoje? A resposta de quem indaga objetiva verificar se poderá ficar para amanhã, mesmo que o amanhã ainda não exista, mas o hoje é concretamente o que está sendo vivido.

O outro título deixa mais enfático, pois é para ser agora! Muitas são as situações deixadas para o amanhã, mas o amanhã já foi sem ter sido o que se tornou impossível de ser, de acontecer, de dar, de receber.

Há muitos anos compareci ao velório de uma jovem mãe que deixou uma filha já moça. A moça, dias antes, sendo ela minha aluna, estava com uma face de melancolia e irritação. Apenas perguntei a ela se não estava bem. Ainda que talvez sem poder ajuda-la, poderia ouvir o desabafo. Ela responde, não falo mais com a minha mãe, ela não me entende e só me dá bronca. Eu ponderei com a velha frase: “É conversando que a gente se entende”. Ela ficou de pensar.

Tal situação me levou ao velório, a moça não parava de chorar, desolada e com profundo arrependimento. A mãe estava morta. Elas não dialogaram. Não fizeram as pazes. E tem mais, a filha tinha absolutamente que o enfarto fulminante ocorreu pela enorme tristeza que ela sentia.

Fases de Fazer Frases (I)
O destino só é destinado a quem o tem.

Fases de Fazer Frases (II)
A verdade só é verdade a quem sabem tê-la.

Fases de Fazer Frases (III)
O amor só é amor não para quem tem, mas quem o demonstra.

Fases de Fazer Frases (IV)
Quem não se contenta com o que tem, só tenta o que não tem.

Fases de Fazer Frases (V)
Quem tem previsão, tem provisão.

Fases de Fazer Frases (VI)
Falar com as paredes… apenas as janelas responderão.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Vale registrar e enaltecer a Construtora Itaipu, com o vídeo comercial dela, anunciando o início da duplicação da entrada de Campo Mourão, vindo de Maringá. Serão pavimentadas vias paralelas urbanas der acesso ao comércio e residência que margeiam a rodovia. A entrada mais feia de Campo Mourão tem tido para ficar entre – o a mais – bela vista antes de adentrar o perímetro urbano, cuja vista da cidade é bonita.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

Também digna de exemplo e elogio, sem carecer de bajulação, quando os políticos acertam, não devemos ser indiferentes. Os deputados ´Douglas Fabrício e Márcio Nunes têm colocado primeiramente o interesse público, no caso de Campo Mourão e região. Estavam juntos na audiência no Palácio Iguaçu, com o governador Ratinho Júnior, a convite dele e do preito mourãoense Tauillo Tezelli.

Briga dever sempre a favor e em defesa do povo. Aliás uma lição que deveriam adotar o atual e o ex-presidente, Lula e Bolsonaro poderiam governar bem mais e melhor, se não pusessem intrigas do passado e no presente.

Farpas e Ferpas (I)
Pode ser atroz a vida de atriz?
Ou seria a atriz atroz?
O que há por trás do atroz, a atriz?
Quem traz atrás o atroz e a atriz?
Tudo estaria por um triz.

Farpas e Ferpas (II)
O tamanho de uma palavra não faz sentido, o significado, sim.

Farpas e Ferpas (III)
Quem nunca ou raramente admite os próprios erros, acerta bem menos.

Reminiscências em Preto e Branco (I)
Desconhecendo algum motivo, o fato é que lembro de um tipo de carteira escolar à época do primário, a que tinha no centro da mesa um buraco. Ficava intrigado, para que serviria aquele buraco? Quanto mais pensava não chegava sequer a uma hipótese.

Até que olho para o buraco da menina ao lado, o buraco da carteira dela tinha uma borracha. Também até hoje sem saber, lembro daquele tipo de buraco, com ou sei borracha. E da aluna colega de turma, não lembro absolutamente nada do rosto dela. Só mesmo o primeiro buraco que vi ocupado.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
Duas distintas senhoras, seguramente beirando 80 anos, falam em voz alta: “Duvido que hoje em dia alguém saiba o que é uma anágua!”

Nem que eu não quisesse ouvi-las, me deu uma vontade enorme de dizer que sabia bem. Mas fiquei na minha, aguardando na fila para ser atendido no açougue. Mas que uma delas me dirige a palavra: “Moço, o senhor, por acaso, mas bem por acaso já ouviu falar e saberia, bem por acaso mesmo, o que é uma anágua?”

Antes agradeci por ter sido chamado de moço, que só sou mesmo comparado a idade provecta de ambas. E, com ar de normalidade, fui direto na resposta, anágua é uma peça íntima usada pelas senhoras e que serve para cobrir a transparência de saias, e para dar volume esconder marcas da costura.

Admiradas, elas quase em coro queriam saber onde aprendi o significado. Então respondi, não só sei do significado como vi muitas anáguas, pois a minha saudosa mãe usava.

José Eugênio Maciel | [email protected]

* As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do jornal