Alterações necessárias

Vem aí algumas alterações no Código de Trânsito, capazes de fazer motoristas pensarem duas vezes antes de cometer infrações. A Câmara Federal já aprovou alterações pesadas. Resta passar pelo Senado, o que certamente ocorrerá sem dificuldades e sanção da presidente Dilma. Medida oportuna na medida em que aumenta as penalidades  de situações em que a irresponsabilidade dos motoristas se faz presente. Há sessenta anos atrás, numa que talvez seja a precursora em campanhas de trânsito, Heron Domingues apresentador do ouvidíssimo  Repórter Esso, da Rádio Nacional do Rio, em tempo sem TV,  poucas mídias e poucos carros, alertava ao final: Motorista. Lembre-se – atrás de uma bola, sempre vem uma criança! De lá para cá as coisas mudaram muito. Além da opção pelo transporte rodoviário, importante no momento em que Juscelino implantou mas, a longo prazo discutível, por abandonar outros modais como ferrovias e hidrovias, o número de carros e caminhões a circularem no país, especialmente nos grandes centros, chega perto da saturação, e só faz aumentar, com novas montadoras entrando no país. A irresponsabilidade também, apesar de leis que procuram criar nível maior de conscientização entre os motoristas. Insuficientes porém. Especialmente pelo fato de a cada dia surgirem carros e caminhões mais velozes, para uma infraestrutura  inadequada, quando não sucateada. Imagine o leitor, um motorista dirigindo um carro  ultra-possante, aguardando atrás de um caminhão a oportunidade para podar. Certamente não terá paciência e o desastre estará próximo! No atual estágio, normas mais rígidas são realmente necessárias. Os terríveis acidentes diários, comprovam isso!

Stand by

Dois assuntos só voltarão à coluna depois de acertados os termos em que a continuidade se dará: Petrobras e André Vargas. O primeiro, por não apresentar nenhuma concordância entre o que os principais depoimentos e notas oficiais, até agora apresentaram. Aguarda-se portanto a definição da ministra Rosa Weber sobre  a CPI e seus desdobramentos. O segundo, por não saber mais o que vai fazer da vida. Mais indeciso que  o Otelo de Hamlet: Renunciation or not! 

Nova preocupação

A preocupação com as Olimpíadas que virão em 2016, depois dos sobressaltos e superfaturamentos da Copa, já começa a tomar conta dos brasileiros. Basta lembrar que no mesmo Rio de Janeiro, por ocasião das obras para o PanAmericano, um orçamento inicial de R$ 300 milhões acabou em R$ 4 bilhões. Imagine-se agora em que o orgulho dos governos, federal, do estado e do município, já sob  intervenção branca do COI- Comitê Olímpico Internacional vai fazer com que tentem concorrer com a mais recente, a Olimpíada de Inverno na Rússia, que custou módicos 100 bilhões (de euros ou dólares)!!!

Enfim..

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou o relatório do senador Roberto Requião que põe fim às contribuições de empresas ou pessoas jurídicas a campanhas eleitorais. Como é projeto terminativo, segue direto para a Câmara sem passar pelo plenário do Senado. O projeto ocorre em meio ao julgamento do STF que veda candidatos e partidos de receberem doações de empresas.

Briga por espaço

O PMDB do Rio de Janeiro deve abrir o palanque do candidato Fernando Pezão (governador em exercício substituindo Sérgio Cabral Fº) a três candidatos: Dilma (PT), Aécio (PSDB) e pastor Everaldo Dias (PSC). Retirou o apoio único a Dilma depois que o PT negou-se a retirar candidatura própria. Na semana foi lançada a chapa Aezão – Aécio e Pezão. No Paraná o partido continua indefinido. Não sabe se lança candidatura própria ou apoia Beto. Decisão em junho!

Pesquisa

A se espelhar no resultado de pesquisa divulgada pelo Vox-Populi, a pedido da revista Carta Capital de Mino Carta, os escândalos recentes envolvendo estatais do governo federal, não influenciaram o eleitor. Dilma, que em pesquisas de março do DataFolha e Ibope perdera pontos preciosos, a ponto de assanhar os petistas adeptos do volta Lula, agora pelo Vox, tem  um ponto a mais na avaliação da presidente: 40%. Os demais somam 26%. Não apareceu ainda o efeito Marina, vice.