Boa causa
Os vários instrumentos colocados à disposição dos internautas, em grande parte têm servido a causas menos nobres. Inclusive dando margem a utilizações de gosto duvidoso, quando não absolutamente infelizes. Tais instrumentos porém, também têm servido a causas nobres. Como quando obteve a assinatura de mais de 1,3 milhão de brasileiros, propiciando o envio de um projeto de iniciativa popular que culminou com a Lei da Ficha Limpa. Mesmo com algumas tentativas de alteração de seus objetivos por parlamentares mal intencionados ou interpretações equivocadas (!) da Justiça eleitoral, um instrumento que já deu boas contribuições à purificação da sempre maltratada política brasileira. Agora, corroborando o que já vem sendo feito em nível nacional, a Assembleia do Paraná, por iniciativa dos deputados-médicos Dr. Batista e Gilberto Martins, promoveu debate publico cujo objetivo é ampliar apoiamentos ao Movimento Saúde + 10, que visa a criação de novo projeto de iniciativa popular obrigando o governo federal a investir no SUS, 10% de seu orçamento. Situação que já estaria contemplada na Emenda Complementar 141, de janeiro de 2012 mas, ainda não obedecida. Nas condições atuais, os municípios com suas precárias arrecadações, a maior parte deles dependendo das migalhas do FPM, obrigados a investir pelo menos 15% na saúde pública; aos estados a obrigatoriedade é de 12%; apenas o governo central não se sente (ainda) obrigado, razão pela qual o movimento de terça-feira lançado aqui, merece todo o apoio popular. Como todos os meios serão utilizados para obtenção do número mínimo de assinaturas, convém que o prezado leitor tenha sempre em mãos os dados de seu título de eleitor. A qualquer momento será convocado a participar. A causa vale a pena!
Água de outono
O balde de água fria nas pretensões de 23 governadores e do dirigente do Distrito Federal, veio pelas mãos da ministra Carmem Lúcia, do STF. Depois de uma batalha para derrubar o veto da presidente Dilma em relação aos royalties do petróleo que, pela nova decisão seriam distribuídos entre todos os estados e municípios, liminarmente a ministra deu razão aos estados produtores.
Jus sperneandi
Melhor dizendo aos estados em cujas águas territoriais o petróleo está sendo retirado, como ocorria até o governo mexer no assunto. Como a palavra final ficará por conta do plenário do STF, o que ainda não tem data marcada para ocorrer, até lá fica tudo como está. Valeu o esperneio dos governadores do Rio, do Espírito Santo e de São Paulo que defendiam os contratos anteriores como estavam.
Mudança comemorada
A mudança ocorrida no governo da presidente Dilma, pelo menos no que diz respeito à pasta do Trabalho, foi festejada pelo professor Wilson Picler (grupo Uninter) e pelo vereador curitibano Jorge Bernardi. Já na substituição de Carlos Lupi, haviam encabeçado um manifesto à presidente, indicando o nome do agora ministro, Manoel Dias, amigo pessoal de ambos.
FOLCLORE POLÍTICO
O jovem Eduardo Trevisan, filho de pai deputado, elegera-se prefeito de Cornélio Procópio com 21 anos, antes de terminar o cursos de Direito. Fez uma administração muito elogiada. Entre suas obras uma vila popular, onde centenas de casas populares foram vendidas a preço quase simbólico. Ao lançar-se depois do mandato, a deputado, na vila sua candidatura era quase unânime. Quase. Uma única casa não tinha propaganda sua. Ao procurar contato, uma senhora negra, gorda, exigia que Eduardinho fizesse em sua casa as melhorias que outras tinham feito.
Delicadamente o jovem candidato explicou que as melhorias tinham sido feitas pelos moradores e que ela poderia fazer o mesmo. A mulher acintosamente, mãos na cintura desafiou-o: Ou você constrói a minha laje ou não voto em você. O educadíssimo Eduardinho perdeu a tramontana. Sabe o que a senhora faz com o seu voto? Não terminou a frase porque os companheiros o puxaram para fora.