Efeitos perversos
O que se temia foi confirmado. Não eram R$ 300 mil, como inicialmente calculado; nem R$ 450 como em avaliação imprecisa posterior. Ao completar os 100 dias que pediu à população para tomar pé da situação, a administração do prefeito curitibano Gustavo Fruet vem a público esclarecer: a dívida assumida pela sua administração é de R$ 578 milhões. Sendo que desse valor, apenas R$ 178 milhões estão previstos no orçamento. Deve ser a importância que Luciano afirmava ter deixado em caixa e que, com a arrecadação de 15 dias estaria paga. Essa informação vem no momento em que a Paraná Pesquisas divulga pesquisa efetuada junto à população curitibana e que constata, apesar de nada de significativo ter feito para dar visibilidade à sua administração, o atual prefeito contar com 63% de aprovação. Em realidade um crédito de confiança, embora os números da dívida que levará três anos para ser equacionada, retardem o deslanche de sua administração. Qualquer leigo vai entender que contratos não estão sendo honrados em função da dívida, impedindo que empresas contratadas atuem com a celeridade desejada. O colunista fala de cadeira, na medida em que uma obra iniciada em período eleitoral na 7 de Setembro (onde reside), na canaleta onde hoje deveria estar correndo o azulão, novo ônibus que marcaria a administração anterior, os vermelhões têm que realizar perigosas manobras, saindo dela e retornando logo adiante.Isto por que, a obra, tão logo o resultado eleitoral foi divulgado, foi paralisada por 3 meses e só agora, timidamente, começa a dar sinais de vida. Lá se vão 6 meses desde outubro. Claro está que por ser um bairro de curitibanos de bom nível, há a compreensão da população. Ainda assim com algum desgaste para Gustavo. Para o antecessor que ainda tem pretensões políticas, um desastre!
Evangélico…
Os acontecimentos ocorridos na UTI do Hospital Evangélico, intensamente explorados pela mídia sedenta de sensacionalismo, especialmente em nível nacional, começa a receber outro tratamento na medida em que números começam a comprovar que uma instituição como o HE, recebe diariamente dezenas de casos graves em seu Pronto Socorro. À luz da razão, a visão especialmente de gente do ramo, ainda dura, analisa a situação com outro foco.
…sob novo foco!
A impressão dominante entre os que analisam o caso Evangélico com neutralidade, é a de que fatos novos ainda deverão vir à luz, para que se tenha uma visão bem clara do que realmente ocorreu. De qualquer modo, o sensacionalismo dado ao caso pela própria Polícia, já destruiu carreiras que durante anos salvaram vidas. Números não contabilizados! Com serenidade, se comprovados atos anti-éticos, punições ocorrerão.
Pragmatismo
O pragmatismo passa a dominar as ações políticas, neste ano que antecede as eleições majoritárias e proporcionais, nos cenários estaduais e federal. A elogiada limpeza ética realizada pela presidente Dilma, por exemplo, ao início de seu governo, cede lugar à necessidade de manter na base, partidos que tiveram seus representantes afastados por desvio de conduta. PR, PDT, entre outros, banidos e agora recompensados, provam o que a presidente afirmou recentemente: em política a gente faz o diabo.
PEC 37
A forte ação detonada agora pelo Ministério Público em doze estados, mega operação conduzida pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas, teria mais efeito se não atrelada ao movimento de mobilização contra a PEC 37, que tenta retirar do MP o direito à investigação criminal. Vale o registro, quando se reproduz as palavras do coordenador do Gaeco, que excelentes serviços tem realizado no Paraná, Leonir Battisti.
Em choque
Para ele a aprovação será uma tragédia. Vai impedir investigações especializadas, principalmente contra crimes do colarinho branco e crime organizado. A propósito: o próprio governador Beto Richa assinou o manifesto anti-PEC 37.