Explicações que não explicam
O propósito do colunista de só retornar ao assunto Petrobras depois da decisão liminar da ministra do STF, Rosa Weber, não vingou. As versões que procuram empurrar para cima dos brasileiros não permitem o silêncio. Essa por exemplo do ex-presidente da empresa exaltando a sua gestão à frente da petroleira brasileira, não resiste a nenhuma análise. A única afirmação séria foi assumir a responsabilidade pela compra da Pasadena e chamar a presidente Dilma igualmente à sua co-responsabilidade por responder à época pela presidência do Conselho. As afirmações sobre o crescimento ocorrido após 2002 deve-se à disparada do preço do petróleo que dos US$ 26,1 daquele ano, chegou aos US$ 99,5 de 2008. Todas as empresas do ramo cresceram, alavancadas principalmente pelo consumo da China que aumentou o preço de todas as matérias primas: petróleo, minério de ferro, cobre e grãos. Junto às outras a Petrobras cresceu em seu valor de mercado, passando de US$ 3 bi, em 2002 a US$ 62 em 2008. Tenta explicar a queda de agora em seu valor de mercado, deixando de lado a informação de que sua avaliação cai, num outro momento em que o petróleo aumenta de valor, alavancando as demais empresas do setor. Caíram antes e crescem agora. Só a Petrobras não cresce. Um único exemplo: a ação da Chevron é negociada a US$ 124. Maior que em 2008. A nossa petroleira caiu dos US 62 de 2008 para US$ 14. Sua dívida equivale a 3,5 vezes a geração de caixa da empresa. Longe de ter salvo, a administração de Gabrielli, com as intervenções do governo que geram descrédito aos investidores, somada a negócios danosos (para dizer o mínimo) na gestão, levaram a Petrobras a seu pior momento. Nem as descobertas no pré-sal, fruto de pesquisas da área técnica ao longo dos anos, dá o retorno esperado. Ter ainda o brasileiro que ouvir explicações que não explicam, é demais!
Para conhecer
O Paraná recebe nesta semana a visita de um presidenciável: Eduardo Campos. Vem a convite da Amop, Associação dos Municípios do Oeste do Paraná. O ex-governador de Pernambuco vai conversar com os prefeitos da região para sentir a realidade do fantástico oeste, que todos os paranaenses também deveriam conhecer. Menos conhecido nas regiões sudeste e sul, Campos fixou residência em São Paulo neste período para facilitar seus deslocamentos e conhecer melhor as reivindicações destas faixas do Brasil.
Apoio original
O governador Beto Richa deverá estar em Cascavel para recepcionar Eduardo Campos. Esta eleição por sinal, vai criar uma situação interessante. Beto deverá ter dois palanques presidenciais: para Aécio e para Campos. Em matéria de originalidade perde para o Rio de Janeiro, onde o PMDB de Pezão, candidato à reeleição, por não ter o PT concordado em retirar seu candidato, vai dar palanque a Dilma, Aécio e o possível candidato do PSC.
Rejeição…
Esta eleição por sinal vai ser atípica. Para em junho e recomeça em julho, como o campeonato nacional. Por conta de um campeonato do mundo que a mais recente avaliação da Paraná Pesquisas aponta, 57,5 dos curitibanos, não queriam fosse realizada aqui. Um desaprovação que se deve aos aumentos absurdos no custo da Arena da Baixada (que a coluna já antevia), redução e atraso nas obras de mobilidade.
…comprovada
A outra avaliação dos curitibanos é a de que a Copa trará mais prejuízos que benefícios para o país. A maioria absoluta, 72,6%, pensa assim. O mesmo em relação aos gastos que ocorrerão também na preparação dos jogos olímpicos de 2016. País com setores importantes que contribuiriam para o desenvolvimento deixados ao léo, e gastos exagerados em obras de pouco retorno posterior, beneficiando grandes empreiteiras e políticos mal intencionados.
Fantasma da Câmara
O sinal já foi dado pelo presidente da Câmara, Henrique Alves em seu regresso da China. Se André Vargas renunciar, a renúncia será aceita. Deixa antever que, não permitirá que o deputado fique na Casa esperando uma definição da Comissão de Ética. O que aparenta ter razão. Não terá sentido Vargas, renunciante, ficar andando pelos corredores da Câmara. Criará uma versão moderna do Fantasma da Ópera, isto é, da Câmara.