Guerrilha antecipada
Houve que entendesse como precipitação da coluna, afirmar que tudo que se faz agora objetiva 2014. Pois senhores, a guerra já começou. E vai ser feia. Basta ver matéria com críticas à presidente Dilma pela enorme comitiva que a acompanhou ao Vaticano e conseqüentes gastos. Interesse da oposição. Do mesmo modo reportagem sobre as passagens aéreas do eventual candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, ao Rio, onde participaria de eventos sociais, com vídeos comprometedores sobre sua sobriedade; situações acompanhadas pelos perdigueiros do governo. Dentro do PT, o senador Lindeberg Farias que insiste em ser candidato ao governo do Rio, quando o partido tem interesse em apoiar o atual governador peemedebista à reeleição para garantir que o PMDB venha inteiro no apoio à reeleição de Dilma, já começa a sofrer devassa em suas ações como prefeito, antes de ser candidato ao Senado. Até situações da UNE que presidiu, podem surgir. As denúncias envolvendo o ex-presidente Lula, que teve a maioria das viagens internacionais que empreendeu, depois de deixar o comando do país, pagas por grandes empreiteiras, também entram na cota do desgaste a ser provocado em sua imagem para a disputa de 2014. Da mesma forma a tentativa de mostrar que os resultados obtidos financeiramente pelo estado de Santa Catarina em empréstimos, 2,89 bilhões superiores aos negociados pelo Paraná, também preparam o terreno para provar que as perdas daqui não se devem a perseguição do governo federal, e sim à incompetência do governo do Paraná. Isso porque, na disputa que se avizinha em que, se Gleisi Hoffmann for a candidata, ela será apontada como braço direito da presidente Dilma, tendo contribuído para seus 78% de aprovação. Não interessa pois a comparação com este momento em que o Paraná ofereceu três ministros ao Brasil e pouco recebeu em troca.
Mudança vantajosa
No caso de Santa Catarina há um detalhe interessante. Raimundo Colombo, assim como Beto Richa, elegeu-se na oposição. Lá, pelo Democratas e aqui pelo PSDB. Com a criação do PSD, Colombo passou-se para esse partido, sem risco de perda de mandato e a vantagem de sair da condição de oposicionista. Como todos se lembram o PSD de Kassab, não era de esquerda, nem de centro, nem de direita. Agora com Afif Domingos sendo nomeado, definitivamente governista, com as vantagens inerentes.
Mudança necessária
A mudança de estilo do governador Beto Richa que, quando prefeito curitibano fez o tipo bom mocinho, convivendo bem com o governo do presidente Lula e sem rusgas visíveis com o próprio então governador Requião, beneficiado é verdade pelo estilo mais cordato de Orlando Pessuti que completou o mandato, mostra que ele sabe o que vem por aí.
Desunião
Não por acaso, embora ressalve o bom tratamento que recebe da presidente Dilma, não repassa o mesmo tratamento ao governo dela. Daí as expressões de governo agiota e outras reclamações. Sabe Beto que não conta, como no caso de Santa Catarina e Rio Grande, com uma bancada federal totalmente unida em torno de suas reivindicações. Um eterno problema do Paraná.
Equívoco
Num ponto, e a coluna tem insistido nisso, Beto tenta criar uma perspectiva que pode ser um tiro no pé. É seu apoiamento ao PMDB do Paraná, que gera grande desgaste junto aos outros companheiros que participaram da primeira hora de sua campanha e que, a depender de Roberto Requião poderá ter candidato próprio: ele mesmo. Com o comando do partido na mão de deputado federal, nada indica que se Requião tentar a candidatura, não haverá interferência de Brasília em seu favor. Conseqüentemente, obrigatoriedade de todos os deputados do PMDB em apoiá-lo.
Em choque
Fiel ao seu estilo Requião já Twitou: Quem tem que ser fiel a mim é a minha mulher e eu a ela. Eles (os deputados estaduais) têm que ser fieis ao programa (do PMDB). Recado dado!