Momento crucial
A manchete da coluna de um respeitado jornalista político vinculado a importante rede de comunicação que engloba teves, rádios, jornais (um deles com penetração popular adquirido recentemente), e outras mídias modernas, nas mais importantes cidades do Paraná, mostrou ontem as reações ao apoio do PT a Fruet, no que se refere à campanha eleitoral em Curitiba. Por óbvio, a mais importante do Estado. Tanto que a tentativa do deputado federal Dr. Rosinha de melar a decisão, com apoio do estadual Tadeu Veneri, defensores da candidatura própria, deverá contar com apoio de toda ordem do grupo que hoje domina o estado e a prefeitura de Curitiba. Deixar Gustavo Fruet – o que será uma pena – hoje um potencial grande concorrente ‘a pão e água’, isto é, reduzido ao pouco tempo de tevê e rádio destinados ao PDT, mais a dificuldade para obter apoios financeiros que como visto nos últimos tempos, são fundamentais para uma campanha (mais até do que propostas) é tudo que interessa aos poderosos de plantão. Dos nomes petistas que pretendem representar o partido, os referidos Rosinha e Veneri, não há o que temer, entendem. Por sua vez Fruet, livre do apoio petista, corresponde mais aos anseios das classes média e alta que sempre elegeram Jaime Lerner em Curitiba. Talvez até o espírito que vingou em 1988, verbalizado pelo talento dos publicitários ligados a Lerner na campanha dos doze dias, pudesse ser reimplantado. Afinal, criatividade é o que está faltando a Curitiba nos últimos tempos, insistem analistas de várias áreas, inclusive da arquitetura. A ideia é fantasiosa. Pelo que o próprio PT aperfeiçoou com o mensalão, que ainda agora, sete anos depois não foi julgado pois seus tentáculos parecem alcançar até o STF, campanha sem muito poder (dinheiro e comunicação) está fadada ao fracasso.
Submissão…
O que fica patente na campanha curitibana é o quanto grupos que assumiram o poder no Paraná, não têm interesse em que outros nomes possam crescer. Gustavo Fruet, foi vetado antes no grupo de Requião, quando pretendia disputar a prefeitura de Curitiba. Seu pai fora prefeito por indicação de José Richa. Requião ao crescer politicamente tinha interesse em anular o filho, como anulara o pai.
…é o preço
Ao grupo hoje dominante, igualmente o crescimento de Gustavo é indesejado. Inteligente, bem articulado, falta a ele ser submisso. Como tal sua candidatura é indesejada. Deixou o PMDB e igualmente, recentemente o PSDB, por ter pretensões. Se eleito prefeito terá que aprender a ser servil ao grupo petista que pretende dominar o Paraná.
A conferir
O atual presidente da Câmara Federal, Marco Maia, em sua recente passagem por Curitiba, deixou claro sua posição de aparente independência, consciente da importância de seu cargo, segundo na hieraquia da sucessão presidencial. Resta saber se a afirmação que fez vai se confirmar: Não há nenhuma movimentação de partidos quanto a CP(M)I. Todos estão mobilizados. Há resistências, sim!
Nepotismo repetido
Se confirmadas as especulações, a conversa entre o atual prefeito curitibano e Requião pode dar novos contornos à eleição curitibana. Afinal, Luciano já apoiou o senador contra a posição de Beto que foi com Osmar. Conversa que poderá redundar num apoio total do PMDB à reeleição de Ducci. Nessa altura, Requião, para honrar sua palavra de que não abandonaria Greca, deveria lançá-lo como vice. A menos que tenha alguém da família com a mesma pretensão!
Inquérito tardio
Nestes tempos fartos em denúncias, o simples vôo que o então ministro de Planejamento, Paulo Bernardo deu num jato de empresa que tinha negócios com o governo federal, nos idos de 2010, volta à baila, desta vez sob a forma de inquérito do Ministério Público Federal.
Em choque
O que se estranha nessas ações, como a agora vazada pela PF em relação às investigações sobre Carlinhos Cachoeira, é tais assuntos virem à baila em tempos eleitorais. A PF tem independência, é a pergunta que cabe!