Mudança de nome
Uma visão que os muitos anos de vivência na política e no jornalismo deram a quem assina esta coluna foi, a certeza de que os poderosos do momento esquecem-se de um detalhe importantíssimo: o poder não é eterno! O que hoje se decide sem peia de nenhuma espécie, pode ser o calcanhar de Aquiles dias depois. Esse raciocínio inicial deve-se a fatos que estão ocorrendo e que podem ofuscar o brilho inicial do governo atual, em que a presidente somou pontos por medidas que a opinião pública aplaudiu. A queda de ministros supostamente envolvidos em atos de corrupção, para os quais o governo anterior fizera vistas grossas, foi um marco na administração de Dilma Rousseff. Diferente de agora quando hesita em definir situações que envolvem ministros de sua maior estima. Um exemplo é a presença de Fernando Pimentel, indômito em seu ministério, imune às denúncias que o atingem. Outro, de forma até arrogante, quando a ministra Ideli Salvatti afirma que o ministro Mantega comparecerá ao Senado (para falar sobre a demissão de Denucci da Casa da Moeda – um ano depois de investigado pela PF), quando o governo achar conveniente. É muito desrespeito com a opinião pública! Sem falar no fato de que quanto mais tarde for, mais especulações gerará, o que é uma atitude no mínimo insensata. Acrescente-se a tudo isso a irritação de Dilma pela medida do Conselho de Ética da Presidência da República, ver-se punido por ‘se atrever’ a investigar Fernando Pimentel, afastando cinco dos Conselheiros como se anuncia, e se terá uma situação caracterizada como afirmou Ricardo Boechat (em seu horário matinal da Band-News – no jornal da Band da TV é outro Boechat): Passe-se a chamar o colegiado de Conselho de Ética da Dilma.
Sodoma e Gomorra
Ainda a propósito de ministros, assunto que comentaremos amanhã: se dois homens importantes da atual administração, um ministro de estado e outro do STF, não tomarem medidas sérias contra uma revista semanal que apresentou matéria que, se confirmada, mostra que Sodoma e Gomorra estão à vista, ela estará amplamente respaldada.
Greves irritantes
A mesma publicação, ao se referir às greves que infernizam a vida dos brasileiros afirma que a radicalização política de policiais é uma real ameaça à estabilidade. Greves que, como a realizada por motoristas e cobradores ou do interesse dos donos de empresas que recentemente confirmaram seus contratos, já explorados há mais de cinqüenta anos em Curitiba, causaram prejuízos e profunda irritação à indefesa população curitibana.
Decisão liminar
Uma decisão do governo paranaense empurrada goela abaixo de sua bancada de apoio na Assembleia, acaba de ser suspensa liminarmente pela Justiça: o que a oposição denominou tarifaço do Detran. O detalhe considerado ilegal pelo desembargador Antonio Martelozzo, do TJ, foi o anúncio de que parte da renda resultante do vultoso aumento seria aplicada no setor de segurança. Cabe recurso.
Greve …
A greve no transporte coletivo expõe a desvantagem de a população ficar exposta a um único modal de transporte coletivo. Se Curitiba já tivesse o seu metrô, subterrâneo ou de superfície como defendem alguns, o prejuízo com a paralisação dos ônibus seria menor.
…esclarecedora
A greve coloca também em discussão a proposta hoje vigente para que, com o metrô, sejam abolidas as canaletas do percurso. Com o aumento dos carros e o crescente aumento da população, um não inviabiliza as outras. Que venha o metrô e as canaletas com ônibus sejam mantidas. Mais opções e maior conforto para a população.
Em choque
Ainda no mesmo tema: se taxistas tentam influenciar a Câmara para que mais concessões de táxis não sejam concedidas, a greve dos ônibus trouxe duas constatações: o número de táxis é insuficiente e uma fiscalização mais severa é desejada para que taxistas que denigrem a categoria, como alguns fizeram cobrando a maior, deveriam ser punidos.