O dito por não dito!

Com todas as comemorações do tucanato pelo retorno do apoio de Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, à candidatura de José Serra, ele que já andava de flerte com o PT de Lula, um problema  já criou. Conhecedor da divisão que existe no PSDB nas alas que apóiam Serra e na que vê em Aécio Neves a figura capaz de recuperar para o partido o comando do país, já plantou uma intriga. Em conversa com o presidente do PT, Rui Falcão, confirmada por ele, segundo ele sem pedir segredo, teria dito que Serra poderia em 2014 apoiar a reeleição de Dilma. O momento agora é outro, Kassab reflete, recuando. Equivale a ter dito que não há acerto possível entre esse grupo peessedebista, do qual, mesmo tendo formado um outro partido, o PSD,  ele faz parte por fidelidade ao homem que o projetou, inicialmente como seu vice na prefeitura, depois apoiando sua reeleição. Momento mais inoportuno para uma afirmação como essa não poderia haver, na medida em que Serra para chegar novamente à prefeitura de São Paulo vai precisar do seu partido unido e tantos apoios quantos possa angariar. Especialmente do DEM,  que Kassab abandonou, do PPS hoje em oposição frontal ao governo do PT. Se possível até o PMDB num segundo turno, já que a disputa na capital paulista pode afastar ainda mais o candidato peemedebista e seus seguidores, descontentes com as intervenções de Lula e Dilma em favor de Haddad. Os partidos afinados com o governo federal, cooptados graças às benesses anteriormente oferecidas, agora venderão caro seus apoios ao candidato petista. Alguns como Netinho (PSC) e quem diria, até o Tiririca, se forçados a desistir, sairão da disputa forrados. É briga de gente grande!

 

Preocupação com derrota

Por aqui, com as coisas em tempo de espera, a coluna é remetida para o cenário nacional. Em Brasília, com o PMDB em estado de rebelião como costumam anunciar os sindicatos, no caso um de políticos espertos, o governo tentou adiar a votação do Código Florestal.

 

Lenha na fogueira

Através a palavra do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), o partido governista põe mais lenha na fogueira. Respondendo à afirmação do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN) e fazendo uma analogia com os momentos vividos por mulheres jovens no final do mês (TPM) afirmou que o PMDB vive um TPE, tensão pré-eleitoral.

 

Cala a boca

Os companheiros da presidente Dilma têm-se notabilizado por falas inapropriadas. Caso inclusive do Marco Aurélio Garcia, assessor especial que ao tempo de Lula opinava muito, especialmente sobre situações internacionais. Agora, ao antecipar decisões que o Conselho Monetário Nacional deve tomar, foi repreendido, gerando na imprensa um comentário: Cala a boca, Garcia.

 

Experiência vale muito

A coluna já se referiu dias atrás ao assessoramento pouco experiente da presidente Dilma. O que a obriga vez por outra a ir confessar-se com Lula, especialista na arte de manipular o povão.

 

Caminho das…

Para espanto geral o requerimento pelo afastamento definitivo de João Cláudio Derosso da Presidência, foi arquivado pelo presidente em exercício da Câmara curitibana, Sabino Pícolo (DEM).A alegação: Não tinha base legal. Não estava amparado no Regimento Interno e na LOM.

 

…pedras

Dentro das normas, é necessário criar uma Comissão Processante, aprovada por 26 dos 38 vereadores. Embora sujeito às chuvas e trovoadas que todos conhecem, um levantamento da Gazeta do Povo apresenta este resultado: 19 a favor do afastamento. 3 contra. 5 (em cima do muro),  dependentes da posição partidária! 5 não se manifestaram (inclusive Derosso) e 6 não ouvidos.

 

Em choque

Um placar diário com votos nominais sobre a decisão na Câmara, exibido na Boca Maldita em Curitiba, colocaria ordem na Casa. Com os nomes trazidos a público, a posição real de cada vereador ficaria bem visível.