O poder corrompe!

Os legislativos no Brasil viraram caixa de pancadas. Com direito a críticas não só da imprensa mas igualmente de  entidades, inclusive as OAB, nacional e estaduais, federações que compõem o Sistema S e outras, sem falar nos sindicatos de toda ordem, beneficiários de uma legislação condescendente que enche suas burras com contribuições obrigatórias.  Como se neles também não vingassem certas normas comuns aos legislativos: como por exemplo, a longevidade das presidências. Situações que quando se está na planície prestam-se a críticas. É de se ver presidentes dessas entidades, depois de eleitos, lutando para se perpetuarem no poder. Só aqui no Paraná, alguns casos podem ser citados. Donde aquela máxima popular sobre o macaco que não enxerga o próprio rabo. Se as CPIs que se instala neste país tivessem oportunidade de aumentar suas abrangências como parece ocorrerá nesta a ser instalada, se deputados e senadores confirmarem suas assinaturas, o que lhes é facultado, poderemos ter não só a Delta, cujo presidente afirmou de brincadeirinha que, botando 30 milhões na mão de um político tudo se consegue, mas outras tantas. Diga-se de passagem, este colunista que conhece os meandros da política nacional e paranaense desde há muito, nunca teve ilusões a respeito da falta de seriedade que se entranha nos meandros das licitações e concorrências dirigidas. Cabe a ele a mesma pergunta feita a um deputado goiano que se diz amigo de Carlinhos Cachoeira: por que não denunciou?. Primeiro pela falta de provas que, malandro que é malandro, não deixa pistas. Segundo, para não perder temas para comentários, embora sabendo que, mesmo consistentes, não levam a nada. Denúncias valem num país sério! 

Chantagem explícita
Uma das práticas inaceitáveis nos legislativos é a faculdade que é concedida a seus membros, de, após terem assinado um documento sério como a proposta de uma CPI, poderem retirar suas assinaturas. Caminho certo para a prática da chantagem e da corrupção que  a Comissão proposta, pretende investigar.

Elogio…
No meio do verdadeiro tiroteio crítico que atinge a postura dos partidos políticos já identificados com o hoje notório Carlinhos Cachoeira, os democratas, primeiros a serem visados, especialmente por ter uma de suas mais marcantes figuras detonadas, comemoram os elogios recebidos por suas posturas éticas, em artigo de um dos mais críticos jornais do país: a Folha de São Paulo. 

…destacado
A razão do elogio aos democratas em artigo da Folha foi, terem-se antecipado a qualquer medida judicial ou legislativa, quando do comprovado envolvimento de João Roberto Arruda, único governador eleito pelo partido no caso de corrupção denunciado pela imprensa e agora, na iniciativa contra Demóstenes Torres e seu envolvimento com o contraventor. Outros partidos aguardam o desenrolar dos fatos. 

Reverso
O comentário de dias atrás sobre a duração da penalização, em relação aos anos de mando, presta-se ao caso do vereador curitibano Caio Derosso. Com 14 anos de mando,  paga agora o preço: pelo menos três ações contra ele são movidas. Depois da milionária contratação da empresa da esposa para a área de comunicação que lhe custou os atuais dissabores, a cobrança de ressarcimento por improbidade administrativa e agora, novo ação por nepotismo. 

Pressão explicitada
A exposição do Judiciário, em função de atuação do Conselho Nacional de Justiça, colocou todos os seus níveis, inclusive os tribunais superiores na mídia. Discute-se agora o sempre retardado julgamento de um dos maiores escândalos ocorridos no Brasil, o mensalão. O clima hoje existente no STF, jamais foi exposto com os detalhes de agora. Mostra de que a pressão sobre os ministros do órgão, é grande. 

Em choque
De Martim Luther King citado em palestra de Eduardo Almeida a professores: O que me assusta não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.