O que vem aí…
A entrada de Lula no assunto André Vargas, pode significar um tiro no peito do deputado, entendem petistas de alto coturno. Em conversa com blogueiros, Lula afirmou que Vargas precisa esclarecer o envolvimento (com o doleiro Youssef) para o PT não pagar o pato. Uma entrevista bem ao estilo do ex-presidente, cheia de simbolismos do que vem por aí. O assunto Vargas e outras avaliações, deram a ele a oportunidade de só tocar no tema Petrobras. Por sinal iniciado em seu governo, no tempo em que não sabia de nada. Com sua habilidade habitual, passou por situações delicadas, para se concentrar em alertas aos companheiros a irem para cima dos adversários evitando a CPI. Lula tem bem vivo na memória que a CPI dos Correios partiu de uma denúncia de propina de R$ 3 mil, a um diretor do órgão, indicado pelo PTB de Roberto Jefferson, e terminou no mensalão. Quebra um longo silêncio. Prova que, daqui para a frente vai estar atuante na condução da política petista. Sobre a possibilidade de substituir a candidatura de Dilma, começou negando e terminou reticente: só o futuro pode responder perguntas hipotéticas. O certo é que, segundo interpretação da jornalista Dora Kramer, ele deverá deitar falação, especialmente atribuindo à imprensa que produz a massa feroz de informação deformada as mazelas atuais do governo, razão que justifica o controle social dos meios de comunicação; incentivando o partido a uma política agressiva de comunicação com a ocupação de todos os espaços. Melhor seria dizer, retomar a pressão às grandes redes de TV e rádio premiadas com as bilionárias verbas do governo, via estatais, a reduzirem ainda mais os parcos espaços oferecidos à oposição. Quem assistiu a entrevista da (ex) deputada venezuelana Maria Corina Machado, à Roda Viva da TV Cultura, percebe uma semelhança nada discreta entre o que acontece lá, e o que se pretende por aqui.
Perigo à vista
A coluna já colocou o ensinamento de Maquiavel: quem sabe demais não se demite; promove-se. Quando isso não é possível, não convém deixá-lo desprotegido. É o perigo que correm os correligionários mais próximos a André Vargas. Divergências com o grupo (petista) de Londrina do qual é originário – leia-se casal Paulo/Gleisi, Gilberto Carvalho, alheio a suas dificuldades presentes, podem levá-lo a inconfidências. Gleisi em entrevista à Gazeta do Povo, lavou as mãos. Cabe a ele explicar!
Pouca chance
A possibilidade aventada pelo próprio deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) de ser o relator da CPI da Petrobras, se aprovada, mesmo depois das preocupações mostradas por Lula, parece difícil de ser confirmada. Embora da base da presidente Dilma na Câmara, coube a ele a relatoria da CPI dos Correios que desembocou no mensalão.
Até quando!
A preocupante queda no déficit da produção industrial brasileira que partiu de R$ 9,2 bi em 2007, até chegar aos -105 bilhões de 2013, mesmo com recuperações pontuais ocorridas em segmentos beneficiados com a isenção do IPI, como o automobilístico, já suspensa e impactando novamente nas vendas do setor, é o sinal de alerta para uma reforma que o país se nega a fazer na área tributária. Ampliada pelos fortes investimentos, necessários e sempre protelados, na sucateada infraestrutura brasileira.
Sem sucesso
As sucessivas medidas protecionistas à indústria nacional, editadas, colocando o Brasil no primeiro lugar do mundo, não têm dado os resultados esperados. O que resolve é criar condições competitivas para ela. Isso, o governo não faz, reduzindo impostos, discutindo a legislação trabalhista e melhorando as condições de estradas e portos. Avançando na implantação de ferrovias.
Em choque
Ontem às 15 horas, se tudo correu como o combinado, três deputados estaduais do Paraná estiveram frente a frente com o suposto algoz do Paraná: secretario Arno Augustin, do Tesouro Nacional. Devem ter ouvido dele as razões que cercearam o acesso do Paraná a financiamentos. Inclusive o do Proinveste, a que apenas este Estado não teve acesso. Difícil é acreditar que apenas o Paraná, teve situações que impediam o aval da STN. Faltaram-lhe, defensores!