Pressão popular
O brasileiro tem um comportamento ambíguo em relação aos fatos políticos: critica-os, irrita-se com eles mas nada faz para mudá-los. São muitas as situações em que a pressão popular poderia reverter, caso somasse esforços como ocorreu com a Lei da Ficha Limpa, votada por pressão de mais de 1,3 milhão de apoios. Fácil de obter, não é!. Daí ter sido incluída numa Constituição comandada com aval de uma das grandes raposas deste país, desaparecida, literalmente, num acidente de helicóptero. O Brasil se defronta de novo com situação análoga à que ocorreu em 2007 com Renan Calheiros, com ameaça de cassação revertida no plenário do Senado pelo malfadado voto secreto. Uma forma de todos ficarem bem com o companheiro de Casa, sem se comprometer individualmente com a opinião pública. Afinal, imaginam com razão, povo vota por vantagem momentânea, depois nem se lembra em quem votou. Não é unanimidade mas, a maioria! O comprometido senador Demóstenes Torres que, não fora os fatos trazidos à tona pela Polícia Federal e repercutidos pela imprensa, estaria ainda posando de vestal da moralidade (acusa-se o próprio Procurador-Geral , Roberto Gurgel, de omissão); pode perfeitamente escapar de punição, se a decisão, superada a fase do Conselho de Ética, for ao plenário. Não por acaso os mesmos movimentos populares como o de Combate à Corrupção Eleitoral, que já arrebanhara assinaturas necessárias ao Ficha Limpa, agora luta para arrecadar apoios necessários a que o voto secreto, em qualquer circunstância, seja banido dos legislativos. O senador Álvaro Dias que tem uma PEC nesse sentido ‘tramitando’ há dois anos no Senado, entende que parece um longo caminho mas quando há pressão popular este tipo de proposta costuma andar.
Perda de direito
Para ingressar no Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral basta acesso à Internet e cadastrar-se. Se em seu município ou região ainda não há comitês, pode formar um. Dá um pouco de trabalho? Dá! De outra forma, se o leitor não tem tempo, nem vontade para participar, lembre-se do refrão: quem se omite, abre mão do direito de participar mas também perde o direito de criticar.
Explicações…
A ex-esposa de João Cláudio Derosso, que para não fugir à regra ficou sozinho quando caiu em desgraça (acredita-se que o seu respeitado pai João Derosso, líder do Xaxim que por 25 anos representou o bairro curitibano na Câmara e alavancou a carreira do filho, esteja a seu lado) concedeu entrevista à Gazeta do Povo. Muito bem produzida, mostrando a beleza que encantou o Caio, respondeu a todas as perguntas, sem titubear. Deixou o ex-marido com o pincel da responsabilidade pelas malfeitorias na mão.
…bem produzidas
Cláudia Queiroz, proprietária da agência Oficina da Notícia destoa da afirmação do vereador Algaci Túlio (PMDB) que declarou alto e bom som que a gente comprava nota. Muitos (comunicadores) que não têm empresa compram nota de uma empresa de publicidade. (…) Na verdade, é uma barbaridade! Frase que está lhe causando dor de cabeça junto à Juventude peemedebista.
Especulações
Começam as negociações para as eleições municipais. Em Curitiba com o PV, de razoável representatividade e tempo de TV, ainda indefinido, as especulações são inevitáveis. Cargos no Estado e na Prefeitura são disponibilizados. Um deles prevê a volta do deputado Raska Rodrigues ao cargo que ocupou no governo Requião: Meio Ambiente.
Em choque
O clima político no Paraná é diferente das exigências a que a presidente Dilma se vê submetida o tempo todo. Agora, com a entrada da CPMI do Cachoeira ainda mais. Ou por cargos ou por liberação dos recursos de emendas. Aqui, na saída de Durval Amaral da Casa Civil para disputar cargo no TC, haveria cobrança. Com a definição de Luis Eduardo Sebastiani para o cargo, no mínimo se cobraria a Secretaria de Administração para indicado dos Democratas.