Reação necessária
Ao contrário de informações correntes, o governo federal não pensa em elevar o Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. Que por sinal atravessam um de seus piores momentos, com rendimentos tão baixos que estimulam o brasileiro a guardar seu rico dinheirinho embaixo do colchão, como se fazia no tempo do réis como moeda corrente. Ao contrário, garantiu o ministro Guido Mantega. Neste momento só pensamos em reduzir impostos. O que realmente não seria má ideia, se o Brasil quer continuar sua saga de desenvolvimento. Reduzir impostos e os custos da insaciável máquina pública que, não produz nada mas gasta como ninguém, esse seria um bom modelo a ser adotado neste momento em que a perspectiva de crise atravessa todos os continentes e o Brasil como outros emergentes, sai-se relativamente bem. A China, mais alguns países asiáticos e a Índia, também sobrevivem. Especialmente o país que Mao Tse Tung colocou no caminho do comunismo; esgotado esse, inventou o modelo comulista – misto de governo fechado e economia aberta, no melhor estilo capitalista. Inclusive copiando deste a remuneração de empregados. Quanto mais baixa, melhor. Aumenta o lucro dos poderosos que detém o comando do país. Logo, logo, estará às voltas com a corrupção, se é que já não chegou por lá. Aqui, lamentavelmente para decepção dos brasileiros, a cada dia um escândalo é revelado. Ontem ainda esta coluna referia-se a matéria da revista Veja, com denúncia gravíssima que não pode ficar sem resposta. Ou os citados ministro Gilberto Carvalho e o do STF, Dias Tofoli, reagem à publicação, ou o que ali foi dito virará verdade. Agora só falta o Palácio do Planalto voltar-se contra a Polícia Federal pela investigação vazada.
Estreia de peso
Mais uma vez a decisão de importante assunto de dimensão nacional pode ficar nas mãos da nova ministra do STF, Rosa Weber. Depois de ma estréia dramática, decidindo tema empatado por meses no Supremo (5 x 5) a ministra tem a responsabilidade de opinar sobre a Lei da Ficha Limpa, igualmente encalhada. Poderá ter decidido ontem a favor de sua constitucionalidade.
Abaixo a impunidade
Independente da decisão do STF, a Lei que impede políticos apontados como responsáveis por malfeitorias de continuar disputando eleições, já foi incorporada pelo povo, cansado de ver a impunidade prosperar no país. Embora, quando esta coluna era produzida o resultado ainda não fora produzido, a própria mudança de posição do ministro Marco Aurélio Mello já era bom indício de vitória da opinião pública.
No limite
Depois de ter sua intenção de aumentar os custos dos serviços do Detran para aplicar em segurança, em compasso de espera pela decisão liminar da Justiça, o governo paranaense vê-se a braços com a ameaça de greve da polícia civil. O aumento de 23%, 17 de aumento real e 6% de reposição salarial, é o máximo a que o governo pode chegar, garantem os secretários encarregados da negociação. Em 2011 o limite estabelecido pela LRF foi estourado em 2,5%.
Bagrinho
A prisão do deputado Waldir Leite e familiares, mais funcionários da prefeitura de Paranaguá pela montagem de um esquema de licitação que pode ter rendido pelo menos R$ 500 mil reais, transforma o ex-parlamentar, se provada a tese da polícia, em corrupto bagrinho. Enquanto isso o ex-diretor da Casa da Moeda e seu suposto desvio de US$ 25 milhões, foi punido apenas com a demissão.
Inocência tardia
Já o notório banqueiro Daniel Dantas, depois de anos de investigações que inclusive redundaram em rápida passagem pela prisão, agora é inocentado. Durma-se com um barulho desses…
Em choque
A afirmação do advogado Gori Filho, que cuida da defesa de Waldyr Leite tenta levar o assunto para a área política. O que mais pode explicar a prisão dele? (…) A investigação é de 2006 e a prisão em 2012, ano eleitoral.