Repercussão
Mais uma vez a caixa eletrônica da coluna, lotou: graças à sugestão simples, em se tratando de necessidade de fortalecer o regime com a redução de partidos fisiológicos, formados apenas para atender ao interesse de grupos ou até individuais, com direito a se abastecerem no Fundo Partidário e alcançar alguns preciosos segundos em rádios e tevês, a serem comercializados nas campanhas a peso de ouro, impressionou. Todos concordes em que a obrigatoriedade imposta a agremiações políticas de apresentarem candidatos em eleições majoritárias de prefeito, governos estaduais, e presidencial, certamente representaria um avanço. Capaz de forçar partidos com poucos segundos a serem extintos. Restariam aqueles com um pouco mais de 30 segundos, incapazes por serem mera cópia, de repetirem o inteligente bordão forjado por Enéas, quando do uso marcante de seus 15 segundos: Meu nome é Enéas, dando-lhe enorme visibilidade que na campanha seguinte, disputando uma cadeira na Câmara, respeitadas as circunstâncias, lhe daria fantástica votação de 1 milhão e meio de votos, levando a tiracolo para aquela Casa alguns seguidores, um deles com menos de 300 votos. Um fenômeno que se repetiu com o Tiririca, nesse caso visto como voto de protesto. Impossibilitados de negociarem os segundos que lhes cabem, esses partidos criados para serem balcão de negócio, estarão fadados ao fracasso. Nas manifestações recebidas dos leitores, várias idéias apareceram, dignas de registro. Provando porém que a democracia brasileira, no padrão atual está sujeita a chuvas e trovoadas. Idéias que deputados e senadores conhecem mas não demonstram interesse em acatar. Inclusive a surpreendente manifestação de uma prefeita, sugerindo a abolição da reeleição majoritária e a instituição de mandato único de cinco ou seis anos. A pensar!
Sugestões
Na mesma linha dessa sugestão da prefeita Ana Maria Carlessi, de Santa Terezinha de Itaipu, outras foram oferecidas, reduzindo o número permitido de reeleições em todos os níveis. Não apenas nos executivos. Assim deputado, com determinado número de mandatos disputaria outros cargos, menos o que já usufrui.
Recompensa
Uma sugestão do governo do Paraná que certamente receberá apoio da Assembleia, deu entrada naquela Casa. Propõe o governador Beto Richa que os que preservam o meio ambiente sejam compensados. Nada mais lógico: se como diz Rafael Filipin, advogado da ONG Liga Mundial, quem degrada deve pagar por isso, quem conserva merece ser recompensado.
Caminho da salvação
Esse projeto criando o (PSA) Pagamento de Serviços Ambientais, merece ser reproduzido, especialmente em estados da Amazônia que ainda têm matas, fantástica bacia hidrográfica, e, aqueles em que se cuide da recuperação de vegetação nativa. Poderia mesmo servir de ideia a ser defendida na reunião do Rio em que o assunto estará em discussão; criando um fundo mundial para salvar o meio ambiente. A Amazônia agradeceria. A parte mais sensível do corpo humano é o bolso. Só ele pode salvar a natureza.
Gesto elegante
O gesto, por menos sincero que seja, demonstra a fidalguia desse ex-presidente chamado Fernando Henrique Cardoso. A visita que fez ao arqui-rival político Luiz Inácio Lula da Silva, no hospital em que faz tratamento contra um câncer de garganta e algumas complicações, mostra no mínimo uma educação esmerada, incomum em grande número de personalidades políticas.
Em choque
Ao início de sua participação como senadora, Gleisi Hoffmann não esperaria que seu projeto fosse prosperar. Serviria porém para marcar posição. Ocorre que com o desgaste a que o Congresso como um todo tem sido submetido, os inaceitáveis dois salários adicionais anuais, cuja extinção propôs, virou questão de honra. Embora alguns senadores ainda resistam à ideia. Outros que votarão a favor, talvez o façam obrigados pelas circunstâncias. Não por convicção!