Sem discussão

Um número mostra bem o quanto o governo federal vive de promessas: no Nordeste, para onde a visão paternalista do presidente Lula se dirigia, por razões óbvias, nada menos que R$ 116 bilhões ainda não foram investidos, de todos os compromissos assumidos. Além do encarecimento das obras pela valorização do dólar,  na medida em que a grande maioria desse valor seria aplicado em obras da Petrobrás, hoje não se sabe quando elas irão terminar. Supõe-se até que uma delas seja a do famoso consórcio com a Venezuela em Pernambuco. Ao que se informa o presidente Hugo Chavez não honrou a sua parte. O fato por sinal, lembra meu pai que me  alertava, isso nos áureos tempos da cafeicultura, em relação a uma raça que  à época passava no interior de São Paulo, mascateando com uma mala nas costas: Filho, se você negociar com ….. e salvar a sacaria, já fez bom negócio. Pena que segundo se comenta, o que era normal no Nordeste, seu pai ( o de Lula)  veio num pau de arara para São Paulo e nunca voltou para buscar a família. Sem aconselhá-lo em relação a acertos. Coube a sua heróica mãe arcar com os ônus de trazer a tropinha de filhos para São Paulo. O restante da história virou filme. Do tempo em que a Lei Rouanet vigorava especialmente para reproduzir  filme com a história de um presidente (em pleno mandato). Se presidente eleito, empossado, não cumpre nos dois mandatos os compromissos assumidos, seria muita ingenuidade acreditar nas promessas de agora. Essa é uma das razões por que a coluna defende eleições de cinco em cinco anos (tempo para cumprir os compromissos de campanha), de vereador a presidente (sem esse esbanjamento financeiro e paralisações de obras, nas  campanhas de dois em dois anos). Se possível até sem direito à reeleição nos cargos majoritários. Nos legislativos apenas uma. Ou então não discutamos o direito às aposentadorias.

Fim de campanha

A coluna alertou: os últimos dias de campanha seriam os mais agressivos. Desde denúncias contra a Sanepar que já estaria sendo investigada desde  2008, mas só agora vieram à tona, estranhamente por uma Polícia Federal em greve, até o som que anda correndo a cidade lembrando que um candidato não tem nome, só apelido. Vem mais coisa por aí.

Humor político

O candidato Rafael Greca (PMDB), nesta altura franco atirador sem compromisso, resolveu partir para o humor para ilustrar sua campanha. Fica com uma dose de razão, blefando contra seus adversários, com o mérito das obras que fez. Depois de sua aproximação com Requião, nem seu patrono de carreira Jaime Lerner, apoia suas teses.

Faltou pouco

No PT, Gleisi Hoffmann aparece apoiando o candidato do PDT, Gustavo Fruet, enquanto seu marido o também ministro Paulo Bernardo lembrando um fato: a dobradinha GG, Gleisi x Gustavo, na disputa ao Senado em 2010, contra Roberto Requião, já então inimigo visceral de Bernardo: por conta de um desacerto em obra ferroviária. Mais um pouco naquele momento e não só Gleisi, mas também Gustavo, teria derrotado Requião. O que mudaria o quadro político paranaense.

Cortesias

Enquanto a Assembleia e a Câmara curitibana estão em recesso branco, hoje o Senado premido pelas circunstâncias, vota a Medida Provisória do Código Florestal. Quem imagina que o presidente Sarney iría deixar de fazer uma cortesia à presidente Dilma, enganou-se. Não conhece política ou não conhece o Sarney! Ainda nessa terça a Comissão de Constituição e Justiça do Senado sabatina o novo magistrado do STF, nomeado num curto prazo jamais imaginado: Teori Zavaski.

Em choque

Não é só aqui que a agressividade invade a campanha política. Em São Paulo, onde um imprevisível Celso Russomano por enquanto rouba a vaga do candidato Fernando Haddad,  imposto ao PT por Lula, ataca: Não é por mal. É falta de experiência. (…) Ele não tem traquejo na política.  Não se pode lidar com São Paulo com amadorismo