Vitória suada

A previsão da coluna foi confirmada. A 2a. votação da PEC 544 que cria o Tribunal Regional Federal no Paraná em três outros estados, foi tensa. O placar folgado de 371 votos, quando 308 eram necessários, não reflete as dificuldades vividas. Até as correspondências do atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, aos presidentes da Câmara e do Senado, manifestando sua preocupação com a ampliação gigantesca  da estrutura  pública (que) implicará enormes custos permanentes e sempre crescentes, foram utilizadas pelo deputado Cláudio Puty (PT-PA), autor de série de requerimentos tentando obstruir a votação, além da recomendação do próprio líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) por votos contrários, foram vencidos pela habilidade do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR) que presidiu a sessão. Coube ao deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR) rebater a tese proposta por deputados contra o projeto, de que haveria açodamento na votação. Como se o Paraná e os demais estados já não lutassem por ele a duas décadas. Causa que pela primeira vez nos últimos tempos, conseguiu superar a tradicional autofagia que tanto prejuízo causou ao Estado em outros momentos, trazendo à lembrança movimento iniciado pelo jornalista Francisco Cunha Pereira Filho. Trazendo igualmente de volta a memória de outra luta por ele encetada pelos royalties de Itaipu, agora ameaçados na disputa que se travou pela divisão dos royalties do petróleo. Tema de artigo do governador Beto Richa, na Folha de São Paulo, em sua campanha pela revisão do Pacto Federativo, que hoje privilegia amplamente  o governo federal, em prejuízo de estados e municípios.

Recuo tático

A afirmação desta coluna  de  que o projeto criando o Tudo Aqui, Paraná fora amplamente estudado pelo governo, antes de ser remetido à Assembleia, não encontrou sustentação. De tal modo que não resistiu aos embates da oposição, sendo retirado de pauta. Os questionamentos, dessa forma, ficaram sem resposta.

Gente fina

O assunto traz de volta temas recentes que tiveram grande repercussão na mídia nacional, inclusive a participação de gente que escandalizou o país por conta de uma famosa dança do guardanapo, executada em Paris, com participação do governador do Rio, Sérgio Cabral e o diretor da notória empresa Delta, então em evidência por conta da CPI do Cachoeira.

Mais uma

O já célebre pastor/deputado Marco Feliciano (PSC-SP) volta às manchetes pela sua nova postura de fechar o acesso popular às sessões da Comissão de Direitos Humanos  e Minorias. A nova medida adotada por Feliciano, que provocou manifestações contrárias inclusive de correligionários seus, fortalece o pedido do presidente do Psol, Ivan Valente e outros oitos deputados para que ele seja investigado por quebra de decoro parlamentar.

Última forma

A posse do ex-governador da Bahia e atual vice-presidente do Banco do Brasil, César Borges, no Ministério dos Transportes, reconduz o PR à base de apoio do governo no Congresso, sob protesto de deputados da bancada. Marca também a nulidade do ato do governo Dilma que afastara o ex-ministro  Alfredo Nascimento, um dos principais símbolos da faxina ética promovida por ela, tempos atrás.  

Decisão problemática

Um dos grandes dilemas vividos pelo prefeito curitibano Gustavo Fruet reside na decisão a ser tomada quanto ao projeto do metrô, proposto por seu antecessor. Nos moldes anteriores, são poucas as opiniões favoráveis. Com a negativa de se colocar o R$ 1 bilhão prometido pela presidente Dilma se houver alteração, uma decisão difícil de ser tomada.

Em choque

Com uma comissão designada para estudar o assunto e consultas à EBTU que fará o projeto final, o prefeito Gustavo Fruet só terá uma certeza: se mantido o projeto original do metrô, os imensos incômodos causados por longo tempo à população adjacente às áreas a serem escavadas, gerarão grande desgaste político.