A criatividade é mais importante que o conhecimento

Não foi exatamente assim que este aforismo foi publicado em 1931 pelo físico Albert Einstein. Na verdade o parágrafo inteiro diz mais ou menos assim: Eu acredito na intuição e na inspiração. A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado, enquanto a imaginação abraça o mundo inteiro, estimulando o progresso, dando à luz à evolução.

E criatividade é o principal ingrediente do que estamos vendo todos os domingos na praça São José em Campo Mourão. Idealizada pelo Prefeito Tauillo Tezelli e organizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), a Feira de Economia Criativa, em menos de 4 meses, já torna-se um programa dominical para centenas de mourãoenses.

A ideia de reunir na Praça São José atividades da chamada Economia Criativa – artesanato, coleções, antiguidades, culinária, produção agrícola, entre outras – surgiu de uma demanda da população que já frequentava a Praça, porém buscava algo mais para o domingo com a família. Como a Sedec já desenvolvia um trabalho de apoio e desenvolvimento aos MEI´s – microempreendedores individuais, percebeu-se uma forma de unir as duas coisas.

Soma-se ainda o fato da Economia Criativa ser uma tendência de trabalho bastante em alta no mundo todo, principalmente em períodos de recessão. No Brasil, segundo dados do SEBRAE, o setor tem mais de 2 milhões de empresas e movimenta em torno de R$ 110 bilhões (2,7% do PIB).

Outro ponto que vale destacar é que a Economia Criativa envolve muitos outros setores, que vão bem além do que vemos na Praça São José. O setor envolve também as áreas de design, arte digital, arquitetura, mídia, artes visuais entre outras.

O fato de escolhermos a praça central também é parte de todo o movimento de empoderar e induzir a população a ocupar novamente os espaços públicos da cidade. E a Praça São José veio bem ao encontro de se criar um espaço democrático de convívio, consumo e entretenimento. Afinal, esse espaço tem sua função social, e se buscarmos os conceitos de Praça, veremos que um ponto comum é exatamente o local de reuniões e encontros. As praças são locais onde o povo se reúne para fins comerciais, políticos, sociais ou religiosos ou, ainda, onde se desenvolvem atividades de entretenimento. A praça contemporânea não tem uma função específica; sua finalidade é a de se constituir um lugar atrativo de encontros e reuniões, diz a Engenheira Florestal Alessandra Teixeira Silva, em seu artigo A Praça e sua Função Social.

Aos poucos vão chegando os expositores, pequenos produtores, artistas, artesãos, e que hoje já somam uma presença média de 18 tendas, com um faturamento que já passa dos R$ 51 mil reais nas oito edições da Feira. Além do entretenimento, a ideia é que os pequenos empreendedores tenham a oportunidade de se lançar no mercado, testar produtos, testar tendências, comercializar e se expor com o menor custo possível. Se a imaginação é capaz de abraçar o mundo inteiro, por que não imaginar o mundo inteiro abraçando a nossa praça?

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]