Jogos Olímpicos de Verão de 2024 – o que podemos esperar?
Exatos cem verões depois, Paris, a cidade Luz, receberá mais uma vez os Jogos Olímpicos de Verão, em 2024. Dado o dinamismo dos tempos contemporâneos, previsões sobre performances, medalhistas, recordes, tornam-se quase impossíveis. Se muito, podemos argumentar algumas condicionais, como por exemplo, Simone Biles competirá, o skate fará da nossa fada, rainha, nossos surfistas continuarão dourados sob o sol da Polinésia? É mais uma betonline brasil buscando motivos para sonharmos e mais até, quem sabe, dançarmos felizes nas competições de break.
De qualquer forma, vislumbrar possíveis acontecimentos é sempre um exercício sadio e, ademais, Paris promete uma festa. A Olimpíada de Paris, acontecerá entre 26 de julho e 11 de agosto de 2024 e, certamente, marcará época, mesmo porque, trará em seu âmago os desejos de todos os habitantes do planeta de retomarem em cem por cento suas vidas. Ao contrário dos jogos em Tóquio, atrasados em um ano, sem público e com inúmeras restrições por conta da pandemia, Paris promete a realização de um evento onde os espaços abertos ao grande público se configuraram como uma tentativa de democratização do evento. Além disso, um objetivo primordial dos jogos franceses é destacar e discutir a sustentabilidade, a igualdade de gêneros e de oportunidades. Para tanto, Paris conta com a beleza clássica de seus recantos e cartões-postais.
Tal amplitude se dará muito em função da manutenção de esportes como o skate e da inclusão do breakdance, modalidade que, sabidamente, dialoga com as periferias do mundo todo. Além disso, esportes como a escalada, bastante popular na França, abre boas perspectivas para outras modalidades que há muito pleiteiam tornarem-se olímpicas, como no caso do pole dance. Conforme a organização do evento, as provas de skate e break serão disputadas na praça da Concórdia, no final da famosa avenida Champs Élysées, uma confluência tida como certeira. Como dito anteriormente, o surfe, esporte integrado aos jogos de Tóquio, será disputado nas ondas da Polinésia Francesa, território ultramarino francês.
Em Paris o que não faltam são cartões-postais, e será em um deles que as partidas de vôlei de praia serão realizadas. A proposta é erguer uma arena aos pés da Torre Eiffel, no meio do Campo de Marte. Oxalá, nossas meninas e rapazes, ao contemplarem a torre, dimensionem suas atuações tal qual as proporções do monumento.
E se Paris é, em si mesma, cenário de rara beleza, a organização do evento aposta em mais novidades, a abertura dos jogos, por exemplo, marcará uma nova era: a principal proposta é que as delegações sejam apresentadas nos conveses de barcos que deslizam pelo rio Sena. Inusitado e visualmente emblemático, tirará as delegações da tradicional volta olímpica e brindará os mais diferentes públicos ao longo do seu cortejo pelo mais romântico rio europeu.
Os jogos parisienses serão, também, os primeiros “jogos verdes” da história: Paris 2024 será a primeira Olimpíada a ser alinhada ao acordo climático assinado na própria cidade em 2015. O comitê organizador da Paris prometeu uma redução de 55% em sua pegada de carbono em comparação com a média de 3,5 milhões de toneladas estabelecida pelas Olimpíadas anteriores. Para tanto, os primeiros passos já foram dados, 75% das instalações da Paris 2024 são anteriores aos Jogos e 20% serão temporárias. Isso significa que apenas 5% das instalações, ou seja, a Vila Olímpica e o Centro Aquático Olímpico, serão edifícios novos permanentes.
Posto isso, o que esperar da performance dos nossos atletas em meio ao projeto contemporâneo de Paris 2024? Se em Tóquio conseguimos que o time olímpico realizasse a melhor campanha da história, conseguiremos estabelecer outra superação? Não nos esqueçamos que tal performance foi obtida mesmo após a queda de investimento no último ciclo e uma crise econômica, foram sete ouros, seis pratas e oito bronzes, totalizando 21 pódios.
Acreditamos que sim, acreditamos que a delegação brasileira traga um novo recorde de medalhas e, enfim, figure entre os dez melhores colocados. Para tanto, algumas modalidades precisam retomar o rumo das vitórias, como no caso do vôlei de praia. Além disso, a performance no skate deve superar Tóquio e atletas pouco conhecidos do grande público, como Nathalie Moelhoussen, na esgrima, Henrique Avancini, no ciclismo, Hugo Calderano, no tênis de mesa e Marcus Vinicius, no tiro com arco, são competidores com chances reais em Paris, mesmo que sejam esportes pouco praticados no Brasil. Se eles seguirem em alto nível, a delegação terá boas possibilidades em Paris.
Os jogos do engajamento, da redução de carbono, da inclusão, da democratização, da igualdade prometem uma festa como nunca antes vista. Que os deuses olímpicos nos abençoem.