Por que o Brasil continua sendo país do futebol?
O futebol é, sem dúvida, uma paixão nacional no Brasil. A história desse esporte no país remonta ao final do século XIX, quando os primeiros clubes foram fundados e os primeiros jogos foram disputados. Desde então, o futebol tornou-se uma parte inseparável da cultura brasileira, influenciando a sociedade, a economia e até mesmo a identidade nacional.
Mesmo com todas as mudanças que a sociedade brasileira vem passando, o futebol continua sendo assunto mais falado nas mesas de bar nas segundas-feiras. A rodada, os gols e os melhores jogadores sempre estão ocupando a cabeça de muitos brasileiros, que seguem dando uma importância considerável para o futebol.
Ainda que haja um certo ceticismo de parte da mídia especializada quanto ao fato do Brasil ainda ser o “país do futebol”, o comportamento do brasileiro em relação ao esporte está longe de ser algo comum a outros países. Nesse artigo, nós explicamos melhor como o futebol virou essa peça tão importante para a nossa identidade nacional.
Afinal, como o Brasil se consolidou como o país do futebol?
Há quem diga que esse título foi dado ao Brasil após o tricampeonato de 1970, mas existem aqueles que dizem que essa expressão já era usada bem antes disso, essa sempre será uma discussão sem fim, certo ou errado.
Mas o fato é que, o futebol brasileiro começou a chamar bastante atenção lá fora, quando os dribles e as técnicas dos jogadores brasileiros passaram a ser notadas e, consequentemente, elogiadas no exterior, o que levou a uma grande rivalidade entre seleções, principalmente entre os países da América Latina.
A história do futebol no Brasil é repleta de momentos marcantes, tanto positivos quanto negativos. A chegada desse esporte ao país ocorreu em 1894, quando Charles Miller, conhecido como o pai do futebol brasileiro, retornou da Europa trazendo consigo bolas e regras para serem adotadas. Miller apresentou o futebol aos brasileiros, mas, naquela época, apenas pessoas de pele branca tinham a oportunidade de jogar.
Somente após mais de 20 anos, em 1920, é que pessoas negras e imigrantes foram incluídas na prática do futebol. Com essa inclusão, o esporte ganhou popularidade, ritmo e passou a participar e conquistar campeonatos, o que tornou o futebol brasileiro mais visível para investidores e olheiros.
Essa visibilidade possibilitou a revelação de jogadores extremamente talentosos, que criaram um jeito único de jogar baseado em uma grande capacidade técnica.
O termo “Futebol Arte” é o melhor para definir o quanto os jogadores brasileiros foram capazes de encantar o mundo. Muitas seleções ganharam títulos importantes, mas nenhuma delas era capaz de ganhar da forma que o Brasil ganhava.
E atualmente, o Brasil ainda continua fazendo jus ao apelido?
Bom, não temos mais o futebol arte e nem os jogadores talentosos de outrora, então por que ainda “teimamos” em colocar o Brasil como o país do futebol? Essa resposta pode vir de várias maneiras diferentes, principalmente se olharmos não só para os resultados em campo, mas também para a paixão dos torcedores pelos seus times do coração.
A esmagadora maioria da população torce para algum time e consome os conteúdos relacionados ao esporte, seja acessando portais de notícias ou outros sites relacionados. Atualmente, inclusive, há quem aposte no futebol em diversas plataformas especializadas de jogos de aposta, isso mostra que o público da modalidade não só aumentou, mas ele também se diversificou.
Dessa maneira, ainda que os resultados em campo não sejam expressivos, eles são incapazes de impedir a popularidade e o aumento da paixão que os brasileiros têm pelo futebol. Em outras palavras, os fracassos da seleção nacional não afetam a relação do povo brasileiro com o esporte.
Isso acontece porque o futebol já está enraizado na nossa cultura de uma forma muito contundente, nem todos os “esforços” que os maus dirigentes fazem para afastar o público do jogo são capazes de mudar esse panorama. Vai ter sempre uma torcida apaixonada, um estádio lotado e cantos apaixonados que fazem juras de amor aos clubes do coração de cada torcedor. É dessa forma, orgânica, sem precisar da aprovação de grandes veículos de mídia, que o futebol continua muito vivo na sociedade brasileira.