“Governo e deputados não abrirão mão de pedágio 50% mais barato e que garanta obras no início do contrato”, afirma Hussein Bakri

Líder do Governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa, o deputado Hussein Bakri (PSD) diz encerrar 2020 com o sentimento de dever cumprido. O parlamentar destaca que a Casa teve papel fundamental para garantir agilidade na implementação das medidas de combate ao coronavírus no Paraná em várias frentes: salvar vidas (a principal delas); manter empregos; auxiliar os mais vulneráveis. Além disso, o Legislativo destinou recursos para a abertura de leitos hospitalares, compra de EPIs e aquisição de vacinas contra a Covid-19.

Bakri ainda ressalta as dezenas de projetos aprovados sem relação com a pandemia, mas também relevantes para o Estado, como a implantação de 215 colégios cívico-militares, a continuidade da Tarifa Rural Noturna e a redução em 50% da taxa do Detran para registro de veículos financiados. “Os 43 deputados da base aliada trabalharam dia e noite para amenizar os efeitos da Covid-19 no Paraná e, ao mesmo tempo, não deixaram os demais setores do Estado sofrerem qualquer tipo de paralisia, sob pena de prejudicar ainda mais os paranaenses”, avalia Bakri.

ADI – Com os ajustes e enxugamentos feitos na máquina estatal em 2019, projetava-se um ano muito promissor para o Paraná em 2020. Mas, então, veio a pandemia. Como os deputados atuaram nessa correção de rota?

Para este ano, o Governador Ratinho Júnior tinha metas ambiciosas, como, por exemplo, o banco de projetos para colocar em prática grandes obras de infraestrutura no Paraná. Mas planejamentos como esse deram lugar à preocupação absoluta que continua sendo salvar vidas de paranaenses. E, desde o início, a Assembleia foi parceira do Executivo na aprovação de projetos, nos debates sobre que caminhos seguir, na destinação de verba para ações durante a pandemia.

ADI – Que medidas o senhor destacaria nessa articulação conjunta com o Governo no enfrentamento ao coronavírus?

São muitas, mas é preciso destacar algumas como o pacote social de R$ 400 milhões e o econômico de R$ 1 bilhão, lançados ainda em março; a distribuição de kits da merenda escolar a 230 mil alunos de famílias mais carentes; as teleaulas para 1 milhão de estudantes; a proibição do corte de luz, água e gás para os mais vulneráveis; o Cartão Comida Boa, que permitiu a compra de 1 milhão de cestas de alimentos a inscritos em programas sociais.

ADI – Como foi conciliar a urgência na aprovação dos projetos relacionados à pandemia, a necessidade de votar pautas das outras áreas do Estado e ainda se adaptar às votações virtuais?

Confesso que foi uma loucura. Todos os projetos passam pela Liderança do Governo, que tem o papel de filtrá-los e debatê-los sempre no sentido de buscar textos consensuais no aspecto político e jurídico. Além disso, a sessão online impede aquele contato mais próximo para discutir emendas, correções, melhorias aos projetos. Mas, graças a Deus, tivemos êxito em todas as votações, na agilidade de aprovações, na formatação de textos amplamente debatidos e, sobretudo, nos expressivos placares de votação. Temos uma base consolidada de 43 deputados – a quem agradeço pelo empenho e dedicação ao longo do ano – e isso dá muita tranquilidade para o Governador, que sabe que pode contar com a Assembleia em todos os momentos.

ADI – Em meio a isso, o senhor acabou contraindo o coronavírus. Como foi esse período?

Em primeiro lugar, é importante ressaltar a importância dos cuidados como máscara, distanciamento, álcool em gel. Eu sempre segui todos eles e, ainda assim, contraí a doença não sei de qual pessoa, em que local, nada. Cumpri o isolamento com mal-estar, dores no corpo e na cabeça, febre, mas não tive complicações respiratórias nem pulmonares. Na verdade, o que mais abala é o seu psicológico, sem saber como a Covid-19 vai evoluir no seu organismo. Por isso, reforço a todos que não se descuidem dos protocolos sanitários.

ADI – E além das votações em plenário (virtual), os deputados têm suas responsabilidades com os municípios, em ser o elo com o Governo do Estado por obras e investimentos.

Esse é um ponto que para muitos pode passar despercebido, mas é vital para o desenvolvimento das 399 cidades do Paraná. Quase 85% dos nossos municípios têm menos de 30 mil habitantes e um orçamento insuficiente para fazer frente às demandas da população. Por isso, a parceria com o Governo é decisiva para tirar do papel obras e projetos, adquirir equipamentos, etc. E essa relação terá de ser ainda mais estreita em 2021, quando a arrecadação das prefeituras deve cair muito, ainda sob o impacto da pandemia.

ADI – A pandemia deve continuar sendo a principal pauta na Assembleia?

Até que as vacinas possam, de fato, imunizar os paranaenses, todos os esforços estarão voltados para conter o avanço do vírus e também articular ações de estímulo à economia. Mas há um outro tema que assombra o Paraná há quase 25 anos: o pedágio. Os atuais contratos vencem em novembro do ano que vem, e o Governador Ratinho Junior vem tratando desse assunto com a União desde o início do mandato. As novas concessões terão de baixar o preço em até 50% e garantir a execução das obras nos primeiros anos do contrato. Os deputados e o Governo não abrirão mão disso.

ADI – Para finalizar, como o senhor avalia esses dois primeiros anos numa função tão importante como a de Líder do Governo na Assembleia?

Com extrema humildade e pés no chão. O trabalho de sucesso que desempenhamos até aqui é feito a muitas mãos, sob o comando do Governador Ratinho Junior e com a participação dos secretários de Estado e dos deputados focados no objetivo comum de melhorar a vida dos mais de 11 milhões de paranaenses. É isso que nos move todos os dias.