Taxa de desemprego do Paraná cai para 5,3%, menor desde 2014

O Paraná fechou o terceiro trimestre de 2022 com a menor taxa de desemprego dos últimos oito anos, 5,3%, mais de três pontos percentuais abaixo da média nacional, que ficou em 8,7%. É o sexto melhor resultado do Brasil. Os dados são do relatório trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira (17).

Esse é o nono registro consecutivo de queda do desemprego no Paraná, que iniciou a recuperação do impacto da pandemia do Covid-19 ainda em 2020. Já em 2021, o Estado fechou o ano com 7% de taxa de desocupação, caindo para 6,8% no final do primeiro trimestre de 2022, e 6,1% no segundo trimestre. As menores taxas da série histórica são dos últimos trimestres de 2013 e 2014, de 3,8%.

O número de pessoas ocupadas no Paraná cresceu de 5,790 milhões no segundo trimestre de 2022 para 5,932 milhões no terceiro trimestre, representando aumento relativo de 2,45%. É o maior crescimento entre os estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte do País.

“Estamos vivendo o que alguns economistas chamam de pleno emprego, estamos abaixo dos 6%, o significa que temos mais vagas de emprego do que gente para trabalhar. Essa era uma das metas para o nosso primeiro mandato e alcançamos neste fim de ano, recuperando os índices do começo da década passada”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Essa é a força da nossa economia, um estado que trabalha unido e em paz para chegar a esses objetivos. Ontem alcançamos o maior PIB da nossa história e passamos a ser a quarta maior economia do Brasil, resultado da colaboração do poder público com toda a sociedade paranaense”, completou o governador.

Análise nacional

Segundo o IBGE, o Paraná tem a sexta menor taxa de desemprego, ficando atrás apenas estados com populações consideravelmente menores: Mato Grosso do Sul (5,1%), Roraima (4,9%), Rondônia (3,9%), e Mato Grosso e Santa Catarina (ambos com 3,8%).

A taxa de desocupação do País foi de 8,7%, recuando 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre de 2022 (9,3%) e caindo 3,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (12,6%). Houve queda da taxa de desocupação em todas as regiões na comparação com o trimestre anterior. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (12%), e o Sul, com a menor (5,2%).

O relatório também indica que o Paraná tem a quarta melhor taxa de empregados com carteira assinada, com 80,1%, atrás apenas de São Paulo (81,2%), Rio Grande do Sul (81,3%) e Santa Catarina (88,4%). A média nacional é de 73,3%.

“A continuidade da expansão do mercado de trabalho paranaense deriva, entre outros fatores, do êxito das ações oficiais para a promoção do desenvolvimento econômico, assegurando a melhoria do bem estar da população”, acrescentou o diretor-presidente do Ipardes, Marcelo Curado.

Caged

O Paraná já gerou 136.816 novos postos de trabalho formais entre janeiro e setembro deste ano, o quarto melhor resultado do País, segundo outro indicador, o Cadastro Geral de de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.

Em 2022, o Paraná ficou atrás apenas de São Paulo (595.984), Minas Gerais (211.986) e do Rio de Janeiro (168.345) no número de vagas criadas. Na comparação com os outros estados da região Sul, o Paraná registrou cerca de 18 mil vagas a mais do que Santa Catarina (118.031) e 34 mil postos à frente do Rio Grande do Sul (102.521).

“Nós temos a maior rede Sine (Sistema Nacional de Emprego) do Brasil, o Cartão Futuro que é o maior programa de primeiro emprego do país, e uma série de parcerias com o setor produtivo para a qualificação profissional dos paranaenses como as Carretas do Conhecimento, o Recomeça Paraná e o Qualifica Paraná”, destacou Rogério Carboni, secretário da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf). “São ações que estão ajudando o Paraná a alcançar cada vez mais o pleno emprego”.

PIB

Os bons dados da economia se somam ao resultado do Produto Interno Bruto de 2020. Ele totalizou R$ 487,93 bilhões naquele ano e o Estado alcançou o patamar de quarta maior economia do País, ultrapassando o Rio Grande do Sul. É apenas a segunda vez na história que o Paraná chega a esse posto (a última foi em 2013).