Advogada é presa em Campo Mourão por desacato à polícia e embriaguez ao volante

Uma advogada, que não teve a identidade divulgada, foi presa no Jardim Santa Cruz, em Campo Mourão, na noite dessa sexta-feira (11), pela Polícia Civil, após desacatar uma equipe de investigadores durante uma ação de repressão ao combate ao tráfico de drogas e crimes contra a vida. Ela também apresentava sinais de embriaguez, como dificuldade psicomotora e agressividade, mas se recusou a fazer o teste de etilômetro. Ao ser abordada, deu uma “carteirada” nos policiais, dizendo que usaria de sua influência para prejudicá-los e proferiu palavras de baixo calão contra a equipe. Ela estava acompanhada de uma irmã menor de idade. A polícia ainda encontrou maconha em seu carro.

O superintendente da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Rodrigo Diari, informou que uma equipe policial fazia um trabalho de repressão contra o tráfico de drogas na cidade quando recebeu informações sobre uma movimentação típica de tráfico em uma localidade no Jardim Santa Cruz. Com base na denúncia, uma equipe de investigadores foi até o local para averiguar e encontrou um carro de luxo, uma Mercedes Benz, trafegando só com a meia-luz acesa.

Ao perceber a viatura policial, a motorista acelerou. Os policiais então fizeram o retorno e acompanhamento tático por alguns quarteirões, conseguindo abordar o carro no cruzamento da Rua Antônio Lourival Bathke com a Rua Prefeito Doutor Horácio Amaral, no Jardim Santa Cruz.

Assim que a equipe deu voz de abordagem, a condutora desceu do veículo bastante alterada, dizendo que era advogada e não podia ser abordada. Ela afirmou ainda que faria ligações para “o pessoal” da OAB e que “aquilo ali era uma palhaçada”, referindo-se aos trabalhos da polícia. Por precaução, os policiais insistiram à advogada pedindo para que colocasse a mão na cabeça e apresentasse os documentos do veículo. Mas ela se negou a repassar as informações.

“Ela foi bastante rude com os policiais. O pessoal constatou que ela estava com a parte psicomotora bem alterada e solicitou apoio de outra viatura. Quando outra equipe deslocou-se até lá, ela ficou ainda mais alterada com a presença da segunda viatura. Aí passou a proferir palavrões de baixo calão e ofensas contra as equipes policiais”, informou o superintendente.

A advogada também ameaçou os policiais dizendo que usaria todo seu poder de influência que teria junto ao Ministério Público e outros advogados para prejudicar os policiais. Ao ser questionada pelas equipes se havia feito uso de bebida alcoólica, ela disse que não era da conta da equipe. Foi oferecido ainda o etilômetro, mas ela se negou a fazer o exame.

Ainda conforme a polícia, a advogada estava na companhia de uma irmã menor de idade. Diante da situação, foi dada voz de prisão por embriaguez ao volante e desacato aos policiais. Um membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seccional de Campo Mourão acompanhou a ocorrência e também os pais dela foram acionados para a entrega da irmã menor. No veículo da acusada, a polícia encontrou uma porção de maconha.