Agrônomo forja próprio sequestro em Campo Mourão e polícia descobre farsa
Um engenheiro agrônomo, de 31 anos, se deu mal em Campo Mourão ao tentar forjar o próprio sequestro. O que ele não sabia é que a Polícia Civil descobriria a farsa. O homem enganou o próprio pai. Ele não chegou a ser preso pelo crime, mas assinou um termo circunstanciado e responderá em liberdade. A identidade do envolvido não foi divulgada.
Toda situação teve início na manhã dessa segunda-feira (26), quando um senhor de 57 anos, pai da suposta vítima, que também foi enganado, compareceu à delegacia noticiando o suposto sequestro de seu filho.
Os supostos sequestradores estariam fazendo contato com o senhor via telefone do agrônomo. Eles exigiam a quantia de R$ 22 mil. Inclusive, encaminharam uma foto do rapaz em meio a uma mata via aplicativo de mensagens. A todo momento pediam para a família não procurar a polícia.
O farsante estava com o carro da empresa que trabalha. O veículo possui dispositivo de rastreamento. Os policiais então fizeram contato com a empresa de monitoramento e passaram a acompanhar a movimentação do automóvel, que se deslocava na região de Janiópolis.
Em um dos contatos feito pelos supostos sequestradores, o pai da vítima relatou a eles que estava na delegacia. Após a polícia analisar a conversa entre o senhor e o filho, assim como foto em meio a mata, que aparentava ser uma “selfie”, os policiais desconfiaram que poderia se tratar de um falso sequestro e passaram a fazer diligências no intuito de localizar o veículo.
Após algum tempo, o carro da suposta “vítima” foi encontrado pelos investigadores já em Campo Mourão, estacionado na Avenida Manoel Nogueira, no Jardim Lar Paraná, próximo a casa de seu pai. A equipe tentou localizar o rapaz, mas foi informada de que ele chegou sozinho em casa, deixou o automóvel estacionado na rua, pegou uma motocicleta que estava na residência e saiu em seguida.
Após certo tempo, o rapaz até então tratado como vítima, compareceu à delegacia e acabou confessando à polícia ter forjado o sequestro por conta de problemas financeiros. A ideia era conseguir o valor do resgate para a quitação de dívidas.
O agrônomo relatou, inclusive, ter feito a “selfie” em meio a mata para tentar dar veracidade à situação criada por ele. Diante do fato, a Polícia Civil lavrou um termo circunstanciado por falsa comunicação de crime.
Pena
Conforme o Código Penal, a comunicação de falso crime pode resultar em detenção de um ano a seis meses de prisão ou multa em caso de condenação.