Alto índice de furtos e roubos mobiliza moradores de Peabiru
Uma mobilização que reuniu dezenas de moradores de Peabiru, a maioria comerciantes, foi realizada na tarde desta terça-feira (19), na praça central da cidade, em frente ao prédio da Prefeitura. O próprio prefeito Julio Frare também participou do ato, que clama por mais segurança na cidade. Isso porque nos últimos dias a cidade vive uma onda crescente de furtos e roubos.
“Na madrugada de sábado para domingo entraram na minha casa”, revelou o prefeito, ao acrescentar que junto com lideranças da cidade tem cobrado da Secretaria Estadual da Segurança Pública mais efetivo policial para a cidade. O aumento do tráfico de drogas e a sensação de impunidade, segundo ele, contribuem para o crescimento da criminalidade.
Apesar de ser sede de comarca, Peabiru não tem delegado exclusivo da Polícia Civil. “Tínhamos um delegado, mandaram para Campo Mourão. Tínhamos quatro agentes da Civil, ficamos só com três. E a maioria dos furtos e roubos são cometidos pelos mesmos indivíduos, que a polícia prende num dia e no outro estão na rua novamente”, lamenta o prefeito.
José Antonio Mercer, presidente do Conselho Comunitário de Segurança, disse que várias reuniões e ofícios já foram feitos, mas a cidade continua sem o devido atendimento. “Só temos duas viaturas da Polícia Militar e ainda precisamos compartilhar com Araruna. A população não aguenta mais essa situação”, disse Mercer. Segundo ele, uma das duas viaturas só está em condições de uso porque o Conselho de Segurança pagou o conserto.
A empresária Rosana dos Santos, que tem uma loja de utilidades na área central, já foi vítima de furtos várias vezes. A mais recente foi na semana passada, quando um ladrão entrou na loja pelo telhado. O vigia da rua viu e acionou a Polícia Militar. “Pegaram o rapaz dentro da loja. Ele usava tornozeleira”, relata a empresária.
Dona de um salão de beleza. Hosana Maria Sechuk, foi vítima de furtos pela terceira vez. “Entraram na minha casa num horário do vendaval e a gente não ouviu. Tiraram o carro da garagem com uma chave mixa, mas não conseguiram levar. Então deixaram na rua e levaram a moto que eu e meu marido usamos para o trabalho”, conta.
A sensação de insegurança, segundo ela, toma conta da cidade. “A gente já dorme pensando quem será a próxima vítima. Pelas câmeras de segurança dá para ver que são sempre as mesmas pessoas. A gente trabalha para conquistar as coisas, pagamos nossos impostos e por isso queremos uma resposta das autoridades”, ressaltou a empresária.
O aspirante Detzel, do sub-comando da 1ª Companhia, disse que a mobilização da comunidade em prol da segurança pública é uma iniciativa positiva. “O trabalho em conjunto tem mais força. Temos trabalhado com operações e escala extra de efetivo. A operação fecha quartel foi realizada em toda a área do 11º BPM e temos hoje policiais nas ruas”, explica o aspirante.
Ele pede que a comunidade adote medidas preventivas para dificultar as ações dos criminosos e continue colaborando com informações. “Necessitamos do apoio da comunidade. Quando ver uma pessoa em atitude suspeita pode informar a PM, não precisa se identificar”, reforça. Segundo ela, a maioria dos criminosos são conhecidos no meio policial. “Nos últimos dois meses prendemos três que vinham cometendo furtos e roubos e nesta madrugada foi preso um ladrão que veio de Maringá praticar assaltos em Peabiru”, ressaltou.