Crime brutal: Homem diz à polícia que matou mulher porque ela iria embora com outro. ‘Endoidei’

O réu confesso da morte de Priscila da Silva, 27 anos, assassinada na madrugada de segunda-feira (24), na cidade de Luiziana, Mario de Lima Ribeiro, mais conhecido como “Indião”, afirmou em depoimento à Polícia Civil que a motivação do crime foi passional. Segundo o assassino, a vítima, que era sua ex, teria dito que iria embora com outro homem o que fez com que ele ‘perdesse a cabeça’.

“Quando ela falou que ia embora com outro homem e vi ela com roupas curtas no status (do WhatsApp), endoidei”, falou Ribeiro, que está preso na delegacia de Campo Mourão. Ele disse que veio do Mato Grosso até Luiziana, onde cometeu o crime. Assumiu sozinho a autoria do homicídio. Outro rapaz, amigo dele, foi preso acusado de participação.

“Indião” matou a mulher com requintes de crueldade. Ela foi morta com cerca de 20 facadas e decapitada na frente de seu próprio filho com ela, uma criança de apenas 2 anos de idade. Em depoimento à polícia, Ribeiro disse que veio de carro do Estado do Mato Grosso com a faca utilizada no crime já no bolso. “Eu não sabia que eu ia fazer aquilo. Mas eu já tinha em mente. Peguei a faca, coloquei no bolso e fui [a Luiziana]”, relatou.

Ele falou que chegou até a casa da vítima de madrugada e que a residência estava toda fechada. Após invadir o imóvel foi direto ao encontro de Priscila, já desferindo vários golpes de faca. A mãe dela e outra criança de 6 anos se esconderam em um guarda-roupas, temendo a morte.

A jovem estava com o bebê de dois anos no colo quando foi atacada. Em luta corporal com Ribeiro, a criança acabou atingida ‘acidentalmente’ por uma facada, informou o homem. “Deus me livre matar meu filho”, frisou, ao reafirmar que matou a mulher porque ela teria dito que iria embora com outro ‘cara’.

“Indião”, informou à polícia que Priscila ‘mandava em tudo’, se referindo a quando se relacionava com ela. “Se ela falava pra (sic) eu ficar com outra mulher eu ficava. Se não eu não ficava. Mas de repente ela começou a ficar diferente. Começou a falar com uma menina mais nova. Começou a falar que eu torturava mulher e batia nos meus filhos. Fui embora. Aí ela pegava e ficava mandando mensagens para mim dizendo que eu estava lascado. Dizia que ia esperar eu ir preso, ia ‘chapar’ e depois sumir”, disse o autor do crime em interrogatório à polícia.

O homem não soube informar a quantidade de golpes de facadas que desferiu na vítima. Relatou que após o crime fugiu correndo. Na fuga, perdeu a arma do crime, uma faca de cerca de 20 centímetros de lâmina, segundo ele. Ribeiro afirmou que fugiu para meio de uma mata próximo da casa da vítima. Em seguida, relatou, passou por várias lavouras de trigo, aveia e milho. “Passei no meio de duas ou três matas”, falou.

Antes de fugir, ele disse que teria ‘tentado’ se entregar à polícia. Informou que chegou a pedir a uma pessoa para ligar à PM. “Fui num posto e pedi para ligarem para a polícia. Me perguntaram se eu tinha feito alguma coisa de ruim. Eu disse que sim, mas que falaria só para a polícia”. O homem disse que não teria conseguido contato por telefone com a PM para supostamente se entregar.

“Indião” foi preso na manhã desta segunda-feira (24). Estava escondido em um posto de combustíveis da cidade. O crime chocou a população do município. Ele foi preso acusado do crime de feminicídio. Está à disposição da Justiça.