Ministério Público denuncia presidiária, advogado e agente prisional por corrupção
O Ministério Público (PM) da Comarca de Goioerê, distante 73 quilômetros de Campo Mourão, ajuizou ação civil pública contra três pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva. Foram denunciados à Justiça uma mulher, ela se encontra presa na penitenciária feminina da cidade por tráfico de drogas e associação para o tráfico; um advogado; e um homem que atuou como agente penitenciário temporário na cadeia do município.
De acordo com a Promotoria de Justiça, o então agente penitenciário, por intermédio da mulher, teria concedido favores ao marido dela, que estava preso na cadeia por tráfico de drogas e associação para o tráfico, como facilitação de visitas e a permissão de instalação de televisor na cela, entre outras ‘regalias’.
Em troca, recebia ‘agrados’, como bebidas alcoólicas importadas. “O arranjo e as entregas dos produtos eram feitos pelo advogado, que atuava como defensor do casal”, denuncia o MP. O advogado também é réu em outra ação penal, com os dois, e responde por associação ao tráfico. As irregularidades teriam sido praticados em 2020. A ação penal tramita junto à Vara Criminal de Goioerê.
Conforme a denúncia, entre os dias 11 de julho de 2020 a 11 de agosto de 2020, em horários variados, o guarda prisional, por diversas vezes, solicitou e recebeu, para si, no exercício da função, inúmeras vantagens indevidas enquanto estava de serviço na cadeia.
“Em especial, o guarda recebeu dois litros de whisky, da marca Johnnie Walker, Black Label 12 anos, avaliados em, aproximadamente, R$ 395,76. Em troca, ele liberou regalias, como entrega de itens alimentícios e facilitação de visitas ao preso, contrariando a Lei”, denunciou a Promotoria de Justiça.