Operação “Dona da Quebrada” fecha o cerco contra festas clandestinas na Usina Mourão

A Polícia Civil de Campo Mourão desencadeou nesta quarta-feira (17), a operação denominada “Dona da Quebrada”, que tem como alvo, festas clandestinas em uma chácara da Usina Mourão, geralmente regadas a drogas, armas, entre outros ilícitos. 

Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em residências do município e na cidade de Janiópolis. As investigações prosseguem, segundo o delegado de Mamborê, Anderson Sérgio Romão, que preside o inquérito. 

O delegado informou que seis pessoas foram alvos da operação, que envolveu 32 policiais civis. Além da apreensão de celulares para novas análises, a polícia encontrou em uma casa, uma pistola 765, com registro vencido; várias munições intactas; além de um simulacro. Ninguém foi preso. 

“Estaremos dando continuidade às investigações”, informou o delegado, ao comentar que a polícia tem informações de que frequentemente são ouvidos disparos de arma de fogo na Usina além de festas com ilícitos. “A polícia não diferencia classe a, b, ou c. Onde tiver ilícitos ou indícios de algum crime iremos atrás”, falou.

A operação desta terça foi desdobramento de uma ação que terminou com o fechamento de uma festa na Usina Mourão, na noite do dia 31 de maio, e apreensão de armas e drogas. Na ocasião 10 pessoas foram presas pela Polícia Militar (PM). Foi preciso um micro-ônibus da corporação para levar os detidos à delegacia. 

“Dona da Quebrada”

O delegado disse que a origem do nome da operação “Dona da Quebrada”, está ligada a uma música de funk que leva este título, que aparece de fundo, em um vídeo gravado durante a festa, em que uma mulher dispara tiros de pistola para o alto. A gravação chegou ao conhecimento da polícia a faz parte do inquérito.

 “Estas pessoas achavam que a polícia nunca iria agir contra elas”, comentou o delegado. Ele disse que a polícia constatou que o grupo combinou a festas no local via WhatsApp. “Com base nisso e outras provas solicitamos ao Poder Judiciários as buscas e apreensões nestes locais”, frisou.

Outro lado

O advogado defesa da mulher que aparece no vídeo com a arma, mencionada na reportagem, Marcio Berbet, entrou em contato com a TRIBUNA e informou que o material não tem qualquer ligação com a festa. Segundo ele, a gravação teria sido feita em outra ocasião. 

A festa

A festa que culminou com a operação ocorria em uma chácara na Usina Mourão no dia 31 de maio. A polícia Militar recebeu várias denúncias de disparos e até de rajadas de arma de fogo durante o evento. Equipes da Polícia Militar foram ao local e constataram o fato. 

Policiais da Rotam, Patrulha Rural e Radiopatrulha encontraram no local cerca de 40 pessoas e apreenderam quatro armas, sendo duas pistolas 9mm, dois revólveres calibres 38, 46 munições deflagradas, dez celulares e dois papelotes de cocaína.

Como ninguém assumiu a posse das armas, dez jovens foram encaminhados para a delegacia. A PM constatou que o grupo consumia álcool e drogas no local, causando uma grande aglomeração, desobedecendo decreto municipal para isolamento social contra a pandemia de coronavírus.