População faz protesto contra soltura de acusado de estuprar criança

Um grupo com mais de 100 moradores de Barbosa Ferraz fez na tarde desta segunda-feira (12), um protesto contra a soltura de um ex-servidor público municipal, de 63 anos, acusado de abusar sexualmente da própria sobrinha, de 8 anos. Ele foi preso na sexta-feira (9), mas solto já no dia seguinte, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

Os manifestantes seguiram em passeata pela rua Marechal Deodoro até o Fórum de Justiça da cidade, onde fizeram concentração. Eles estavam de máscara. Durante o trajeto, os moradores utilizaram ‘gritos’ de ordem “Justiça”, e carregavam cartazes com mensagens cobrando a prisão do homem.

“Impunidade não. Não ao abuso sexual contra crianças. Somos uma comunidade do bem e vamos continuar sendo. O Tribunal de Justiça foi quem errou. Os nossos aqui -Polícia Militar, Promotoria e Justiça-, trabalharam direito e o Tribunal soltou. É um direito nosso de manifestação. Se precisar vamos nos reunir e cobrar nossos direitos”, falou a professora Silvia Machado, presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Barbosa Ferraz. Durante a concentração, os manifestantes rezaram um “Pai Nosso”.

Preso, mas solto

O acusado do estupro foi liberado pelo para responder a acusação em liberdade. As investigações da Polícia Civil do município apontaram que ele estuprou a própria 'sobrinha neta'. Conforme a polícia, o crime vinha ocorrendo há pelo menos cinco anos. Ou seja, a criança tinha só três anos quando começou a ser abusada.

Durante o cumprimento do mandado de prisão do acusado, os policiais apreenderam em sua casa uma arma de fogo, munições, um celular e um notebook. O homem já responde por outra acusação de estupro. Ele foi denunciado à Justiça pela própria Promotoria de Justiça da Comarca.

Segundo o delegado responsável pela prisão, Carlos Gabriel Stecca, o ex-servidor utilizava a arma de fogo para ameaçar a criança. O delegado disse que a polícia tem evidências robustas da autoria do crime, o que levou à sua prisão preventiva. Embora já tenha sido solto pela Justiça. Ele estava preso na delegacia pública de Barbosa Ferraz.

Segundo informações do delegado, o crime sempre acontecia na casa da avó da criança. No início começou com carícias íntimas. Segundo a polícia, ele obrigava a criança a praticar sexo oral com ele e masturbação. Ainda segundo o inquérito, o homem tentou conjunção carnal.

O aparelho celular do acusado e o notebook apreendidos, foram encaminhados para perícia para tentar localizar material pornográfico, que possa estar nos aparelhos.