Relatório do MP aponta que região da Comcam teve 4 confrontos policiais em 2024
O Ministério Público do Paraná (MPPR) divulgou à imprensa nesta semana o balanço dos dados de civis mortos e feridos em confrontos com forças de segurança registrado no Estado em 2024: foram 433 confrontos, nos quais houve 413 vítimas fatais e 109 feridos. Em 2023, foram registradas 348 mortes.
O levantamento foi elaborado de forma conjunta no MPPR pelo Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O relatório aponta que na região de Campo Mourão ocorreram quatro confrontos policiais no ano passado nas cidades de Barbosa Ferraz, Juranda, Terra Boa e Ubiratã (um confronto em cada município).
Além de apresentar o número total de confrontos e a relação de vítimas – fatais e feridas-, o balanço inclui informações sobre a instituição e a unidade envolvidas, horário em que houve o registro e o tipo de ocorrência, se o servidor estava ou não em serviço e um perfil básico das vítimas, incluindo dados sobre estar armada ou não.
Números
Conforme o levantamento, a maioria das vítimas mortas são homens, possuem entre 30 e 34 anos e são pardas. Em relação ao total de feridos, a maioria também é homem, tem entre 18 e 29 anos e é branca.
O balanço aponta ainda que a maioria dos confrontos registrados no Paraná envolveu policiais militares (424). A participação da Polícia Civil foi registrada em apenas cinco ocorrências e a de guardas municipais em quatro.
Mais da metade das situações apontadas pelo relatório aconteceram no período noturno, entre 18 e 06 horas – o principal tipo de ocorrência antecedente ao confronto envolve perseguição. O coordenador do Gaesp, Ricardo Casseb Los, afirmou em coletiva de imprensa, nessa quarta-feira (22), que o objetivo do acompanhamento não é investigar os casos, mas sim apontar sugestões e recomendações às corporações. “Já tratamos disso com as forças policiais e reforçamos que estamos dispostos em trabalhar em parceria. Do lado de lá, recebemos idêntica resposta”, falou o procurador.
Serviço
O relatório completo pode ser acessado aqui.