Rubens Bueno espera inclusão de estados e municípios na Reforma da Previdência
O Senado Federal tem o compromisso de aprovar uma proposta de emenda para incluir estados e municípios à Reforma da Previdência, que será votada em segundo turno na Câmara na segunda quinzena de agosto. Foi o que disse à reportagem da TRIBUNA o deputado federal Rubens Bueno, durante visita ao jornal nesta sexta-feira (26).
Na Câmara não tem mais como incluir porque se houver alterações trava tudo de novo. Mas defendo essa inclusão, acho que a Reforma tem que ser completa e o Senado tem esse compromisso. Aí volta para a Câmara decidir só sobre isso, explicou o parlamentar, que está otimista com o futuro do país a partir da aprovação das reformas e do novo pacto federativo.
Bueno está em Campo Mourão neste fim de semana, onde participou da cerimônia de abertura da final da Copa Coamo no sábado, além de compromissos em Moreira Sales, Araruna e neste domingo (28), participa da Festa da Vaca Atolada, em Boa Esperança. Na entrevista à TRIBUNA ele também falou sobre o trabalho do seu partido, o Cidadania 23, visando as eleições do próximo ano. Leia a entrevista completa abaixo.
Quais as expectativas para a votação da Reforma da Previdência no segundo turno na Câmara?
Pela votação do primeiro turno, com 379 votos (71 a mais que o necessário), acho que é tranqüila. Mas nada que não traga situação nova, especialmente por parte do governo, que está batendo cabeça e não tem ajudado a fazer com que as votações corram no espaço de tempo mais curto. Mas na segunda semana de agosto estaremos votando a reforma em segundo turno.
Ainda é possível incluir estados e municípios?
Não, porque já existe um acordo para essa votação e se houver alterações trava tudo de novo. Mas defendo essa inclusão, acho que a Reforma tem que ser completa, senão contamina a grande reforma, porque a União teria que socorrer estados e municípios. Em 10 anos, teremos 900 bilhões de déficit da Previdência dos Estados. No Senado existe o compromisso de aprovar a proposta da Câmara e aí apresentar paralelamente uma proposta de emenda que inclua estados e municípios. Aí volta para a Câmara decidir só sobre isso.
A Reforma Trabalhista, que já completou um ano e meio, trouxe os resultados esperados?
O Brasil tem um dos maiores volumes de ações trabalhistas do mundo. Isso não é bom para nenhum lado. A Reforma procurou simplificar o sistema, acabar com situações protelatórias e a indústria das ações trabalhistas. Trouxe mais igualdade nas relações de trabalho, assim como já acontece em países mais desenvolvidos e com isso gerar mais investimentos e busca por mais empregos.
Mas em relação aos empregos isso ainda não aconteceu
Ainda não dá para ver o resultado em empregos porque assumiu o novo governo, que fez uma reforma administrativa muito grande, existem questionamentos judiciais e os investidores aguardam a Reforma da Previdência. Se concluirmos todas as reformas, assim como a PEC do Teto e o novo pacto federativo o país dará um passo decisivo. Estou otimista e acredito que vai dar certo e que o Brasil vai trilhar um novo caminho.
Depois de vários anos o senhor estará entre as autoridades no cerimonial de encerramento da Copa Coamo neste sábado.
Fui convidado pela diretoria da Coamo e estarei na grande final desse campeonato que divulga Campo Mourão no cenário nacional. E também marca o Dia do Agricultor, uma figura muito importante para a economia do país, pois o agronegócio tem sido a âncora verde da economia nacional. Se não fosse o agricultor não existiria a Coamo, essa cooperativa que desempenha um papel de fundamental importância no agronegócio. Neste fim de semana cumprirei agenda também em Araruna, Moreira Sales e em Boa Esperança, na Festa da Vaca Atolada.
Como o seu partido, o Cidadania 23, está se organizando para as eleições municipais do próximo ano?
Vamos começar em agosto o nosso projeto Pé na Estrada, que prepara o partido para as eleições de 2020. Na próxima semana teremos reuniões em Curitiba visando buscar nomes paras a sucessão na prefeitura. É um trabalho que fazemos sempre em anos que antecedem as eleições, tem caminhado bem e nosso partido tem credibilidade e bons nomes.
Seu nome pode estar entre os postulantes à prefeitura de Curitiba?
O meu não. Novos nomes surgiram e são avaliados, como o do vereador Hélio Wirbiski, que hoje é o superintendente do Esporte no Paraná, um nome forte e de muita credibilidade. Temos o jornalista Erivelton Oliveira, também vereador e que trabalkou na Rede Globo por muitos anos, assim como da Renata Bueno e outros que se destacam na capital. E vamos buscar estruturar o partido e nossos filiados, na hora certa, vão nos ajudar a escolher quem representará o partido nas eleições.
O Cidadania está bem estruturado no Estado?
Sim, especialmente nos principais centros. Estou feliz com o resultado e o Pé na Estrada vai insistir na formação dos núcleos de base, para juntos constituirmos um plano de poder local para as eleições do próximo ano. No Paraná, onde fomos pioneiros nesse projeto, existe um bom trabalho dos núcleos de base, como fizemos aqui em Campo Mourão, onde esses núcleos alavancaram nosso projeto de Mudança Total no início da década de 90.
A comunicação moderna, pela tecnologia, não dificulta reuniões com presença física, como era a característica dos Núcleos de Base?
Nada substitui a presença física, a conversa olho no olho. Essas reuniões presenciais são importantes para conhecer as pessoas, onde elas têm voz e vez e a melhor forma de saber quem vai representar o bairro, por exemplo, com candidaturas de vereadores.