Agricultores são orientados a implantarem fossas sépticas biogestoras em Iretama
Com principal objetivo de minimizar os impactos ambientais causados pela dispersão de dejetos dos vasos sanitários das residências rurais no meio ambiente, o IDR- Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná) de Iretama, vem orientando produtores rurais a implantarem fossas sépticas biodigestoras em suas propriedades. O sistema trata o esgoto do vaso sanitário de forma eficiente, produzindo ainda um líquido que pode ser utilizado diretamente no solo como fertilizante.
O produtor Ademir Antônio Gabriel, da comunidade de Marilu, é um dos que adotou a tecnologia. “Graças a orientação técnica do Instituto, consegui fazer essa fossa biodigestora, que trará muitos benefícios à saúde da minha família e ao próprio meio ambiente. Hoje vários outros produtores já vieram me visitar e saber como se faz. Sempre digo para procurarem ajuda dos técnicos para fazerem em suas propriedades”, comentou.
O responsável local do IDR-Paraná, Jorge André Fernandes, comentou que apesar da tecnologia disponível, ‘falta muito’ ainda a se fazer para melhorar o saneamento básico rural e diminuir casos de doenças no meio rural a nível de região. “O senhor Ademir foi uma grata surpresa. Procurou o escritório para saber sobre essa tecnologia. Esperamos que o projeto sirva de exemplo para que mais produtores façam o mesmo em seus lotes”, comentou.
Ele explica que a falta de saneamento básico, principalmente o tratamento do esgoto sanitário doméstico traz consequências negativas para o meio ambiente e a saúde humana. No meio rural além da rede coletora, existem também o uso de fossa séptica, ligada ou não à rede de esgoto, e as fossas rudimentares.
A fossa séptica biodigestora foi desenvolvida em 2000. É um sistema de tratamento do esgoto de dejetos humanos, cujo intuito é substituir o esgoto a céu aberto e as atuais fossas utilizadas em propriedades rurais, em razão dos benefícios que podem ser gerados pela mesma.
Os benefícios desse sistema em relação às fossas convencionais são, principalmente, a reciclagem dos dejetos e sua vedação hermética (que impede a proliferação de vetores de doenças). Ao contrário da fossa séptica, as fossas rudimentares não funcionam como forma de evitar a contaminação das águas. Já a fossa séptica, apesar de evitar essa contaminação, não promove a reciclagem dos dejetos humanos, como ocorre na fossa séptica biodigestora. Essa última também elimina a contaminação de águas subterrâneas e, diferentemente dos outros métodos, promove a reciclagem dos dejetos. O produto da reciclagem é um efluente inodoro e com alta carga de nutrientes benéficos às plantas.