Casos de dengue disparam na região da Comcam
Os casos de dengue dispararam em uma semana na Comcam aumentando de 55 na semana passada para 92 agora, ou seja, 37 novas confirmações, uma escalada de 67,2%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (18) pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), por meio da Coordenadoria Estadual de Vigilância Ambiental e são referentes ao período epidemiológico com início em janeiro de 2025.
O informe aponta que há casos confirmados em 16 dos 25 municípios da Comcam. A cidade de Altamira do Paraná continua com o maior número de pacientes infectados, 39 no total. Em seguida aparecem Moreira Sales e Campo Mourão com 9 e 6 confirmações, respectivamente.
A Comcam soma ainda no período epidemiológico 923 notificações e 370 casos prováveis que aguardam exames laboratoriais para confirmação. Os casos por município são: Altamira do Paraná (39), Araruna (3), Barbosa Ferraz (2), Boa Esperança (1), Campina da Lagoa (4), Campo Mourão (6), Engenheiro Beltrão (1), Fênix (1), Goioerê (12), Iretama (1), Janiópolis (3), Moreira Sales (9), Quarto Centenário (2), Roncador (2), Terra Boa (3), e Ubiratã (1).
Até o momento, não há mortes por dengue na região de Campo Mourão. Outro dado que chama a atenção é que dos 92 casos confirmados, 78 são autóctones, em que os pacientes foram contaminados no seu município de residência.
Devido ao aumento de casos, os municípios da região vêm intensificando as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão vem acompanhando a situação enviando técnicos da Vigilância epidemiológica diariamente para ações em suas cidades de abrangência.
Nessa segunda-feira (17), a secretaria municipal de Saúde de Campo Mourão divulgou o Levantamento de Índices Rápidos para Aedes aegypti (LIRAa) que verifica a infestação do mosquito transmissor da dengue no município. A pesquisa apontou que houve aumento na taxa de infestação, passando de 2,70% em janeiro para 3,60 % em março.
Das 46 localidades mapeadas, 20 apresentam alto risco de infestação, 13 médio risco e o restante baixo risco. Entre os locais com maior índice de infestação estão os jardins Alvorada (12,82%), Santa Cruz (9,38%), Indianópolis (9,09%), Santa Rosa (8,82%) e Araucária (8,51%).
O levantamento apontou ainda que os principais locais com focos são as residências (75,38%), seguidas por terrenos baldios (9,23%). Dos 1.805 imóveis verificados, 65 apresentavam focos do mosquito, sendo a maior concentração em lixo reciclável (40,30%), seguido de vasos, bebedouros e pratos de plantas (23,90%), o que reforça a importância de eliminar esses focos para controle da infestação.
A coordenadora de campo de agentes de endemias, Marinalva Ferreira da Luz, pede à população que redobre a atenção na eliminação de locais que podem servir de criadouros do Aedes aegypti.