Com 104 casos confirmados, Quinta do Sol enfrenta epidemia de dengue
Com 293 notificações, 163 casos em investigação e 104 confirmações, o município de Quinta do Sol está vivendo uma epidemia de dengue. Por lá, a prefeitura está tentando todas as formas possíveis de combate ao Aedes aegypti, para reverter a situação. Os números oficiais de confirmações do município divergem dos da Secretaria Estadual de Saúde por causa da demora maior do Laboratório Central (Lacen), na confirmação dos exames.
Para ser considerado em epidemia, o município deve registrar, proporcionalmente, acima de 300 casos por 100 mil habitantes. A cidade tem 5.011 habitantes, conforme o Censo 2022 do (IBGE). Em 2019 a cidade também enfrentou uma epidemia da doença.
Conforme o município, diante da gravidade da situação, foi autorizada pelo Estado a utilização do fumacê para eliminar os mosquitos na fase adulta. Conforme a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Quinta do Sol, Alexandra Montes de Oliveira, o vírus circulante na cidade é o do tipo I.
A Saúde pede a colaboração da população no combate à doença. Conforme informações, não adianta a utilização do fumacê, por exemplo, se houver a continuidade de focos de larvas do mosquito, uma vez que o veneno elimina apenas o mosquito alado (adulto).
Em suas redes sociais, o município divulgou que a situação é grave. Pela programação, o fumacê começou a ser utilizado nessa quinta-feira e continua nesta sexta (19), pela manhã e no período da tarde. “Pedimos a colaboração de todos que recolham os pássaros e criadouros de abelhas. E após a passagem do fumacê lave os pratos e troque a água dos animais”, informou o município.
A situação é preocupante também em outras cidades da região. Em Luiziana, por exemplo, há mais de 500 casos notificados. São tantos moradores com sintomas da doença na cidade que nos últimos dias o Sistema de Saúde vem sendo sobrecarregado com a lotação de postos de saúde.
Epidemia
Epidemia é a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois se extingue após um período. O Diagrama de controle é um dos métodos utilizados para a verificação de ocorrência de uma epidemia. Ele consiste na representação gráfica, considerando uma série histórica de 12 anos, sugerindo limites máximo e mínimo de casos absolutos esperados.
Conforme a Secretaria de Saúde do Paraná, entre 2019 e 2020, o Estado enfrentou uma das piores epidemias de dengue da sua história, desde que começou a ser monitorada, em 1991. Naquele período foram registrados 227.724 casos confirmados da doença, com 177 mortes. Até então, o pior período havia sido entre 2015 e 2016, com pouco mais de 56 mil casos e 61 mortes.
O mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, é causador também de outras doenças chamadas de arboviroses, caso da zika e chikungunya.