Comcam chega a 3.621 casos de dengue e mais de 8 mil notificações
A situação a dengue está assustadora na região de Campo Mourão. Conforme novo boletim divulgado nesta terça-feira (18) pela secretaria da Saúde do Paraná, a Comcam chegou a 3.621 casos confirmados e 8.090 notificações. São 1.146 casos a mais que a semana passada, que tinha 2.475, um aumento de 32%.
Até o momento a região registrou sete mortes em decorrência da doença, 3 em Nova Cantu, 3 em Barbosa Ferraz, e uma em Peabiru. As cidades de Engenheiro Beltrão, Barbosa Ferraz; Iretama; Juranda; Nova Cantu; Peabiru; e Quinta do Sol estão em situação de epidemia. Em Campo Mourão chegam a 78 os casos confirmados de dengue, conforme divulgou a secretaria municipal de Saúde.
As cidades com casos da doença na região, por ordem de maior número são: Engenheiro Beltrão (677); Quinta do Sol (657); Barbosa Ferraz (591); Nova Cantu (578); Juranda (444); Peabiru (270); Iretama (143); Ubiratã (72); Campo Mourão (54 – a secretaria de saúde local divulga 78); Campina da Lagoa (52); Roncador (16); Fênix (13); Araruna (13); Terra Boa (11); Goioerê (10); Moreira Sales (4); Boa Esperança (3); Mamborê (3); Rancho Alegre do Oeste (3); Corumbataí do Sul (2); Janiópolis (2); Altamira do Paraná (2); e Luiziana (1).
Em todo o Estado são 26.692 casos confirmados; com 6.129 a mais que a semana anterior que trazia 20.563 confirmações. O aumento é de 29,81%. Dez novos casos de óbitos por dengue foram confirmados e o total agora sobe para 23. O período de monitoramento teve início em 28 de julho de 2019. São 76.285 notificações no Paraná, que abrangem 325 municípios. Um total de 78 municípios está em situação de epidemia
Campo Mourão
Em Campo Mourão, 70 dos 78 casos de dengue são autóctones e 8 importados. Além disso, são 112 casos suspeitos de dengue (aguardando resultado) e 15 casos negativos de dengue (todos estes acumulados deste agosto do ano passado).
Foram 23 notificações de imóveis pelos agentes de endemias, 15 bloqueios de casos suspeitos ou positivos, 104 sacos de 100 litros coletados nas ações, 16 pulverizações com bomba costal motorizada, uma ação de caminhada ecológica nas localidades Vila Cândida, Jardim Indianópolis, Modelo, Novo Horizonte, Parigot de Souza, Santa Nilce e Vila Urupês. Nestas foram juntados 148 sacos de lixo com 100 litros e 96 pessoas envolvidas.
Foram atendidas 30 denúncias, com 4.102 visitas realizadas pelos agentes de endemias, com quatro termos de intimação e um ato de infração em imóveis com focos. Vistorias foram realizadas pela Vigilância Sanitária e Vigilância Ambiental.
As localidades com expansão de casos positivos, já com surtos localizados são: Pio XII (3 casos); Indianópolis (3); Vila Cândida (7); Região do Estádio (3); Vila Urupês (2); Jardim Constantino (4); Novo Horizonte (9); Santa Nilce (3); Jardim Modelo (3); Vila Rural Flor do Campo (5); Jardim Santa Cruz (3); Jardim Izabel (2); Jardim Araucária (3); e Jardim Capricórnio (4).
A doença
A dengue apresenta-se na forma clássica, com febre alta súbita, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, tonturas e extremo cansaço, entre outros. Quando o caso evolui, mostra os chamados sinais de alarme, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, palidez, sangramentos pelo nariz, boca e gengivas.
Normalmente os sinais de alarme ocorrem entre o terceiro e o quinto dia da infecção, é o chamado período crítico da dengue. Tratado corretamente, com hidratação e medicação sintomática, a maioria segue para cura.
O Aedes Aegypti se reproduz em água parada, limpa ou suja. Os ovos depositados pela fêmea do mosquito ficam viáveis por um ano, por isso a necessidade de eliminação dos focos.
Entre as medidas que devem ser dotadas no nosso cotidiano estão: tampar as caixas d´água e colocar tela no respiro; manter as calhas limas; deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo; manter lixeiras bem tampadas; deixar os ralos limpos e também protegidos com tela; não deixar água nos vasos de planta e verificar sempre o recipiente de degelo do refrigerador e do ar condicionado.