Comcam chega a quase 90 casos de Covid-19; “relaxo” da população preocupa Saúde

O avanço do novo coronavírus (Covid-19) na região da Comcam aliado ao relaxamento com os cuidados de prevenção por parte da população, preocupam autoridades de Saúde e Vigilância Sanitária dos municípios. Até o momento, de acordo com dados divulgados pelas prefeituras, já são 88 as confirmações de pessoas infectadas pelo vírus na região. Destes oito evoluíram para mortes, sendo quatro somente em Campo Mourão. 

Dez cidades já registram contaminação, sendo que em três delas, Campo Mourão, Luiziana e Mamborê, a transmissão pelo Covid-19 já é tratada pelas autoridades como comunitária, aquela em que não é mais possível localizar a origem da infecção. Situação que gera ainda mais apreensão. 

Os casos confirmados de Covid-19 são em Araruna (19); Campina da Lagoa (1);  Campo Mourão (50); Goioerê (5); Iretama  (3); Peabiru (2 ); Luiziana (2) Mamborê (3); Terra Boa (2); e Ubiratã (1). Vale lembrar que em Ubiratã o caso confirmado foi através de um teste rápido, pela Saúde Municipal. O município recolheu amostras do paciente e encaminhou para análise do Laboratório Central do Estado (Lacen), para confirmação oficial. 

“A gente percebe que o vírus está circulante. Só não houve uma expansão maior ainda devido ao isolamento social que os municípios implantaram desde o princípio da pandemia”, observou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira, ao alertar que o ‘afrouxamento’ das medidas em algumas cidades e o ‘relaxo’ de parte da própria população estão contribuindo para reação do vírus. 

“Não somos contra a liberação do comércio, mas se a população e empresários não tomarem todas as cautelas com norma de controle sanitário, o vírus vai tomar proporções ainda mais alarmantes”, alerta. Segundo ele, a transmissão comunitária, identificada pelos municípios, gera ainda mais preocupação. “Toda vez que você não consegue saber a origem, mostra que existe uma circulação maior do vírus”, explicou. 

Siqueira diz que está preocupado com o ‘relaxo’ de boa parte da população com as medidas de prevenção. “A gente vê com certa preocupação que a população está voltando a fazer reuniões, a frequentar espaços públicos, e isso sem os cuidados básicos de prevenção. Se levarmos em consideração a curva crescente do vírus dos últimos 7 dias no Paraná e a população continuar o relaxamento, poderemos sofrer consequências ainda mais graves”, preocupou-se, ao pedir à população que faça o uso de máscara de proteção, mantenha o distanciamento social e cuidados de higiene.