Comunidade ucraniana realiza oração em memória dos 3 anos de guerra na Ucrânia
Na noite dessa segunda-feira (24), a comunidade ucraniana da Paróquia São Nicolau de Roncador, juntamente com a Associação Vesná, realizou um momento de oração em memória dos três anos de guerra na Ucrânia, após a invasão Russa no país. A programação, que aconteceu no Parque do Lago Mário Kovalek, incluiu oração de terço, uma cerimônia em memória dos falecidos, chamada de Panahêda, e apresentações do coral da Associação Vesná, com músicas que refletem este período de resistência e fé.
“Foi uma noite de reflexão, solidariedade e esperança por dias melhores”, disseram membros do Vesná. Áudio Ciupa, descendente de ucranianos que também participou da celebração, comentou a motivação da iniciativa. “Por mais que sejamos brasileiros, temos essa raiz ucraniana, e não poderíamos deixar passar uma data tão importante dessa, de três anos dessa guerra, pedindo principalmente a paz e rezando por todos aqueles combatentes, civis, pessoas inocentes que morreram pelo motivo dessa guerra”, afirmou.
Ele comentou, ainda, que a finalidade do momento é para prestar homenagem aos soldados que estão atuando nesses momentos de tensão e à Ucrânia, que “sobrevive”. “Se depender da gente, das nossas orações, vai sobreviver sempre”, falou, desejando que o país europeu volte a ser livre.
A guerra
Os bombardeios do exército russo no território da Ucrânia começaram no dia 24 de fevereiro de 2022. De acordo com a Agência Brasil, durante esse período, já foram destruídas ou danificadas mais de duas milhões de residências, o que corresponde a 10% do país.
Ainda conforme o portal de notícias brasileiro oficial, centenas de ucranianos tiveram que deixar suas casas no leste do país em função do aumento dos ataques nos últimos seis meses. Toda a porção da Ucrânia até o Mar Negro, em uma faixa de, pelo menos, 100 quilômetros, já foi tomada pelas tropas russas.
Segundo estimativa da Agência ONU, mais de 10 milhões de pessoas, ou seja, um em cada quatro ucranianos, estão tendo que se deslocar, em grande parte, para a Europa Central. Agora, especialistas apontam que o futuro do conflito será consequência da estratégia política que os Estados Unidos adorarem daqui para a frente.
Isso porque novos rumos da guerra são definidos a partir da resposta do presidente norte-americano Donald Trump à perda de espaço e competitividade da economia dos EUA para, em especial, a Ásia, principalmente a China. A reviravolta foi marcada pela exclusão da Europa nas negociações de paz, isolando o governo da Ucrânia, por exemplo. No entanto, líderes ucranianos dizem que nem a Ucrânia nem a Europa como um todo podem ficar de fora de futuras negociações.