Confirmações de dengue aumentam quase 50% em uma semana na região
A dengue segue sem dar paz à população, causando preocupação às autoridades em Saúde. Para se ter ideia, nesta semana houve um crescimento de quase 50% dos casos confirmados na Comcam (47%), aumentando de 5.539 na semana passada para 8.122 atualmente.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) em seu informe semanal. Há casos em todos os 25 municípios da 11ª Regional de Saúde. Conforme a Sesa, Campo Mourão tem agora 1.530 confirmações, em seguida Peabiru (1.107) e Roncador (1036) são as outras cidades com maior número de casos acumulados.
A região tem um total de 15.989 notificações e ainda 13.100 casos prováveis. As confirmações por cidade são: Altamira do Paraná (2), Araruna (688), Barbosa Ferraz (49), Boa Esperança (27), Campina da Lagoa (18), Campo Mourão (1.530), Corumbataí do Sul (4), Engenheiro Beltrão (82), Farol (34), Fênix (8), Goioerê (359), Iretama (700), Janiópolis (120), Juranda (788), Luiziana (245), Mamborê (93), Moreira Sales (143), Nova Cantu (14), Peabiru (1.107), Quarto Centenário (221), Quinta do Sol (596), Rancho Alegre D’ Oeste (4), Roncador (1.036), Terra Boa (13) e
Ubiratã (51).
De acordo com os dados oficiais, não há mortes até o momento em decorrência da dengue na região de Campo Mourão. Para tentar conter o crescimento desenfreado da doenças, municípios estão com ações de combate intensas contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A chefe da 11ª Regional de Saúde, Cristiane Michalski Gradella, tem visitado os municípios para o alinhamento de ações. Ela reforça que a população tem que apoiar o poder público no combate ao mosquito.
Em nível de Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou 22.222 casos de dengue. É o maior número de confirmações deste período epidemiológico, iniciado em 30 de julho de 2023, totalizando 113.194 casos. Além disso foram registrados também 11 novos óbitos, ocorridos entre os dias 21 de dezembro e 06 de março, levando o número total a 60. O boletim contabiliza 263.077 notificações. Dos 399 municípios, 345 apresentaram casos autóctones, quando a doença é contraída localmente, e todos os municípios (399) já tiveram notificações.
As 11 últimas mortes que ocorreram são de pessoas entre 14 e 89 anos, cinco delas sem comorbidades. Quatro óbitos ocorreram na Regional de Londrina, no município de Londrina; quatro ocorreram na Regional de Apucarana, sendo três no município de Apucarana e um em Jandaia do Sul; e Chopinzinho, Toledo e Cianorte registraram um óbito cada.
O novo boletim confirmou, ainda, três novos casos de chikungunya, somando 91 confirmações da doença. Do total de casos, 57 são autóctones. Há, ainda, 335 casos em investigação e 864 notificações. Desde o início deste período não houve confirmação de casos de zika vírus. Foram registradas 82 notificações.
O Governo do Estado decretou na semana passada situação de emergência em saúde pública para a dengue. O decreto terá vigência por 90 dias e tem como finalidade reforçar ações adotadas para o controle e combate à doença. Entre os principais pontos do documento estão a intensificação das visitas domiciliares para identificação e eliminação de focos do mosquito, recomendações relacionadas ao uso de larvicidas e a importância do cumprimento das determinações sanitárias estabelecidas pelo Sistema Único Saúde (SUS).
Alerta aos sintomas
A Sesa alerta para os sintomas da dengue: febre, cefaléia, fraqueza (adinamia), mialgias (dor muscular), dor nas articulações (artralgia) e a dor retro-orbitária. A doença é dividida em três fases clínicas (febril, crítica e de recuperação): a fase febril ocorre nos primeiros três dias do início dos sintomas; a fase crítica ocorre após o terceiro dia, com a diminuição da febre e poderão surgir os sinais de alarme (dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa); e a fase de recuperação ocorre aproximadamente no sexto dia evoluindo com progressiva melhora clínica.
Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, além da zika e chikungunya, que também são transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos do mosquito está nos domicílios.
Ações que a podem fazer no enfrentamento à doença:
* Não deixar água parada, eliminando os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evitando desta forma a procriação.
* Não acumular água em pratos de vasos de plantas. Colocar areia até a borda do pratinho.
* Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo.
* Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana. Caso precise mantê-los, guarde em local coberto.
* Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada.
* Limpar frequentemente as calhas e a laje das casas.
* Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana.
*Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e detritos em volta das casas.
* Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças.
* Permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias em sua residência ou estabelecimento comercial. Ele sempre estará identificado com crachá e uniforme.