Dom Bruno vai inaugurar capela e centro de produção em comunidade de Quinta do Sol
O bispo da Diocese de Campo Mourão, Dom Bruno Elizeu Versari irá inaugurar a capela e o Centro de Produção Agroecológica Pinheiro Machado, na comunidade Valdair Roque, em Quinta do Sol, nesta sexta-feira (22), a partir das 10 horas. A própria comunidade local, com a ajuda da sociedade em geral e igreja católica de Quinta do Sol fez a construção da capela, iniciada em dezembro de 2020.
Já o Centro de Produção Agroecológica é um espaço de produção comunitária da localidade. Do espaço, toneladas de alimentos foram doadas, desde o início da pandemia da Covid-19, a entidades e famílias carentes por trabalhadores do Movimento Sem Terra (MST).
“O Centro de Produção tem o objetivo de ter produção 100% agroecológica, ou seja, alimentos saudáveis. Que ele tenha o papel de ser um centro de referência de todos os camponeses e da sociedade”, falou Paulo Sérgio de Souza, membro da comunidade. Ele lembrou, que em julho do ano passado, homens armados invadiram e destruíram lavouras da horta comunitária do local, que hoje se transformou no centro de produção.
O nome do espaço é uma homenagem ao professor Luiz Carlos Pinheiro Machado, que morreu no ano passado. Pinheirão, como era chamado, foi propagador da agroecologia naquela região. Para a inauguração do espaço, além da presença do bispo diocesano, autoridades políticas entre oputras lideranças regionais são esperadas, como o prefeito de Quinta do Sol, Leonardo Romero; prefeito de Luiziânia, Wilson Turk; prefeito de Barbosa Ferraz, Miliossi; entre outros.
A Comunidade
O território em que o acampamento Valdair Roque está inserido fica na Fazenda Santa Catarina, de propriedade da Usina Sabarálcool, que acumula um passivo jurídico com 964 ações trabalhistas somente na Comarca de Campo Mourão. O descumprimento da função social das relações de trabalho levou o Incra a manifestar interesse na área para destinação à Reforma Agrária, conforme prevê a Constituição Federal. Desde 2018, existe uma recomendação do Ministério Público Federal para que o Incra intervenha junto a este conjunto de ações e execuções trabalhistas para adquirir e destinar a área a famílias acampadas.